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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) tem um bom problema para resolver no segundo semestre. Com mais de R$ 950 milhões contratados de janeiro a junho, o agente financeiro praticamente cumpriu a programação do ano. A meta para 2015 era emprestar/financiar R$ 1 bilhão.

O desafio, agora, é buscar novos recursos para ampliar a operação e atender à demanda dos próximos meses. Para o segundo semestre, a diretoria do banco quer ampliar a captação junto a fontes como Finep, FGTS e FAT. O recorde de contratação do BRDE foi em 2013, quando financiou R$ 1,4 bilhão.

Mais do que realizar o orçamento anual em seis meses, duas outras situações chamam a atenção no desempenho do banco. A primeira é que mais de R$ 850 milhões dos R$ 950 milhões foram para financiar o agronegócio, em especial a agroindústria.

Mais que o resultado do BRDE, os números reforçam o viés econômico cada vez mais relevante do agronegócio. Em tempos de recessão e ajuste fiscal, talvez seja o único setor com alta em faturamento e investimento

A segunda é que mais de R$ 550 milhões desses mais de R$ 850 milhões foram para financiar investimentos em cooperativas de produção. Os números oficiais do período serão apresentados amanhã, em encontro do governador Beto Richa com os dirigentes do banco e lideranças do sistema cooperativo do estado.

Entre os principais segmentos beneficiados estão a indústria de suínos e aves. Lácteos e armazenagem também estão entre os setores contemplados. Não por acaso, uma estratégia que potencializa e valoriza o investimento em sistemas de produção, integrados e sustentáveis, onde o grão vira carne, o leite, queijo e manteiga e o investimento se transforma em desenvolvimento, econômico e social.

Contudo, muito mais do que o resultado do banco, os números reforçam o viés econômico cada vez mais relevante do agronegócio. Em tempos de recessão e ajuste fiscal, no estado e no país, esse talvez seja o único setor com variação positiva em faturamento e investimento. Um setor que reduz sua taxa de crescimento, é verdade. Mas que continua crescendo.

Aqui sim caberia a fala do secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, sobre as “ilhas de prosperidade em continente de dificuldade”.

Aftosa em pauta 2

A Sociedade Rural de Maringá (SRM) encaminhou nota ao Agronegócio Gazeta do Povo onde faz referência ao conteúdo da coluna publicada na semana passada.

O objetivo foi esclarecer que representantes do governo estadual foram convidados para o fórum de entidades que será realizado na próxima sexta-feira. E que por motivos de agenda tanto o secretário como o diretor-presidente da Adapar não confirmaram presença.

O evento, que vai reunir sociedades rurais, representantes de associações de raças, núcleos de criadores e indústria, segue com o debate que questiona a proposta do Paraná livre da febre aftosa sem vacinação.

O texto informou que ninguém da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab) ou a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) constava da programação. A SRM entendeu que a coluna sugeriu que os representantes do governo sequer foram convidados. De qualquer forma, não que isso faça diferença, fica registrada a manifestação.

A Rural também aproveitou para esclarecer o motivo de uma deputada de Mato Grosso do Sul estar entre os palestrantes. O objetivo, conforme a nota, “é para que ela relate o case do foco de febre aftosa ocorrido no estado por ocasião em que a mesma estava à frente da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo” e mostrar “quais as medidas tomadas para reestruturação das barreiras sanitárias”.

Na sexta-feira, a assessoria da SRM também informou que Inácio Kroetz confirmou presença no evento. O processo para declaração do status do Paraná como área livre sem vacinação no território nacional está em trâmite no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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