Uma pesquisa da Fecomércio do Rio de Janeiro revelou que apenas 13% de uma amostra de brasileiros tinham algum dinheiro poupado. Esse porcentual tão baixo é bastante triste. Ele revela que a grande maioria da população está perdendo a oportunidade de colocar o dinheiro para trabalhar para ela. Que pena...
Acompanhe os cálculos. Vou considerar juros de 0,5% ao mês, acima da inflação. Uma taxa que ainda é possível encontrar no Tesouro Direto, por exemplo.
Um brasileiro que consiga poupar 10 reais por dia, ou seja, 300 reais por mês, vai acumular R$ 3.700,00 no fim de 1 ano. Se ele mantiver a mesma disciplina durante 5 anos, acumulará 20 mil. Você deve estar pensando que isso não vale muita coisa. Mas veja que eu estou falando em acumular R$ 10 por dia.
No fim de 10 anos, ele terá R$ 49 mil. Depois de 20 anos, R$ 138 mil. Mal dá pra comprar um apartamento nos dias de hoje. Depois de 30 anos, R$ 301 mil. Com 40 anos, R$ 600 mil. Com 50 anos, se ele ainda estiver vivo, terá R$ 1.100 milhão. E, com 60 anos, R$ 2.100 milhões.
O que eu quero dizer com esse é exemplo é algo bem simples: dinheiro atrai dinheiro. No início do processo, é muito duro juntar dinheiro. Veja que o sujeito leva 10 anos para juntar só R$ 49 mil. Só que entre os 50 e os 60 anos de poupança ele ganha mais de 1 milhão de reais no mesmo intervalo de tempo.
Tudo isso é um efeito dos juros sobre juros, dos aluguéis sobre aluguéis, dos dividendos sobre dividendos. A mágica dos rendimentos sobre rendimentos. Mas por que na prática encontramos tão poucos milionários no Brasil? Simples, porque a grande maioria desiste antes.
O processo de acumulação se dá através de uma função exponencial. É uma curva que cresce bem devagar nos primeiros 10 anos e depois explode. Só terá a tão sonhada recompensa os que mantiverem a disciplina de poupar durante décadas ou aqueles que assumirem riscos maiores e souberem administrar esse risco.
Tempo e taxa de rentabilidade são os segredos de qualquer fortuna. Vale a pena correr atrás.
O leitor pergunta:
Você costuma falar sobre um fundo de ações chamado PIBB. Na minha agência, disseram que ele não está mais disponível. É verdade?
Não. O PIBB é a forma mais econômica de se investir em ações. Ele cobra uma taxa de administração de apenas 0,059% ao ano. É transparente e diversificado. Melhor abrir uma conta numa corretora da Bovespa e pedir para comprar PIBB11. Desde seu lançamento em julho de 2004, o PIBB triplicou o capital inicialmente investido.
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