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Hoje, eu respondo a duas importantes perguntas de leitores.

Poupança para o filho – Sou o feliz pai do Felipe, que nasceu recentemente, e tenho condições de fazer uma aplicação de longo prazo para ajudar no seu futuro: faculdade, carro, etc. Eu e minha esposa queremos guardar R$ 250,00 por mês até que ele complete 18 anos, o que dará uma boa quantia. Fizemos os cálculos e verificamos que pela poupança com um rendimento médio de 0,62% a.m. teríamos, ao final de 216 meses (18 anos), mais ou menos R$ 113.000,00. Porém, sempre lemos seus comentários e percebo que podem existir formas de investimento melhores. Você poderia ajudar ao Felipe a ter um futuro ainda mais tranqüilo? Resposta – Desculpe decepcioná-lo, mas não conte com esse rendimento de 0,62% a.m. da caderneta de poupança por tantos anos. Boa parte disso será devorada pela inflação. Quando eu olho para trás e vejo o rendimento real da poupança nos últimos 40 anos, encontro um ganho real inferior a 1% ao ano, acima da inflação. Só isso.

A caderneta de poupança, apesar de ser bastante segura e muito simples, não é um bom veículo no longo prazo. Melhor alternativa seria o Tesouro Direto, onde, aí sim, você pode conseguir aquele rendimento de 0,62% ao mês, acima da inflação. Para isso, você precisa abrir uma conta numa corretora ou em algum banco que atue como agente do Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br)

Outra idéia seria aplicar no PIBB, aquele fundo de ações com baixas taxas de administração que pode ser comprado através de qualquer corretora de ações. Ou então um fundo de ações diversificado e com taxas inferiores a 2% ao ano.

Planos de previdência do tipo VGBL, com V de vida, também são adequados, mas é muito importante observar a solidez do administrador e as taxas que serão cobradas. E o mais importante: o casal precisa ter bastante disciplina para fazer as aplicações mensalmente. O pequeno Felipe tem o tempo a seu favor; é um fator decisivo para se acumular riqueza. E ele parece ter muita sorte por contar com pais tão dedicados. Muitas felicidades para a jovem família. Âncora para poupar – Tenho 27 anos e não consigo poupar. Gasto muito em roupas e em restaurantes. Como eu posso superar esses maus hábitos? Resposta – Você pode criar uma âncora imaginária. Consiste em só fazer um gasto não necessário se você tiver dinheiro suficiente para investir a mesma quantia numa aplicação financeira, simultaneamente. Essa idéia um tanto radical é defendida por alguns especialistas ingleses.

Assim, se você está apaixonado por uma determinada peça de roupa numa loja do shopping, não passe no caixa antes de ir até o banco e depositar a mesma quantia numa aplicação de longo prazo, num VGBL, por exemplo. Antes de dizer que você merece passar um fim de semana no resort, aplique uns R$ 2 mil reais em CDBs. Ou, se você estiver realmente convencido a trocar seu aparelho celular, entre no site de seu banco e aplique o valor do celular num fundo DI. Só depois disso, você terá o direito de fazer aquela compra não tão necessária.

Resultado: vai ser muito mais difícil comprar por impulso. E, mesmo se você resolver se dar um presente de curto prazo, estará também se dando um presente de futuro. Isso será muito útil no dia em que o mercado de trabalho não estiver tão bonzinho com você. Ou quando você realmente estiver merecendo um descanso. Ou seja, seu empenho agora será duplamente recompensado no futuro.

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