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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Não é de hoje – e não é só no Brasil – que o dólar está perdendo a sua força. Ontem, ele caiu mais por aqui. Na comparação com uma cesta de moedas, já é de 36% a queda do dólar desde a sua máxima, em 2001. O fato de a moeda forte estar enfraquecida tem uma série de conseqüências nos Estados Unidos e também no mundo. Entre elas, uma possível redução dos superávits dos demais países.

Desde julho, o dólar já caiu 4,5% na comparação com o euro. Um boletim da Tendências Consultoria diz que existem dois eventos paralelos que devem fortalecer esse cenário. Se, por um lado, há a expectativa de que os juros caiam mais nos EUA, na Europa, a previsão é de alta. Com isso, o dólar deve continuar em queda. A consultoria, no entanto, não acredita que haverá um movimento de derrocada do dólar.

– O dólar vem se enfraquecendo há cinco anos. É um movimento gradual que deve promover, a longo prazo, um ajuste no comércio internacional. Não que os Estados Unidos cheguem a ter superávits na balança, mas o déficit já tem caído. Também deverão ser menores os superávits de outros países – diz Alexandre Maia, da Gap Asset.

O primeiro gráfico mostra a queda da moeda americana desde 2001. O índice é feito comparando o dólar a um grupo de moedas. O ponto mais baixo da série foi na sexta-feira passada. O outro gráfico retrata a balança comercial dos EUA. O déficit permanece, mas tem mostrado queda, já que as exportações americanas estão crescendo mais que as importações. Registraram alta de 12,8% em agosto de 2007 contra agosto de 2006. Já as importações cresceram 3%.

Caia o dólar ainda mais ou não, uma mudança maior deverá acontecer no mundo: os países emergentes passarão a depender menos das exportações para seu crescimento. Já nos Estados Unidos o movimento deve ser o oposto. O aumento das exportações já tem hoje ajudado a economia americana a crescer.

O difícil combate ao trabalho escravo

Parece incrível, mas, no Brasil, combater um crime tão ultrapassado quanto o uso de trabalho escravo vem sendo uma tarefa árdua. No domingo, a "Folha de S. Paulo" mostrou que estão parados projetos que prevêem punição para fazendeiros que praticam trabalho escravo. No mês passado, um outro exemplo: vários senadores do Pará apoiaram uma empresa flagrada pelo grupo móvel do Ministério do Trabalho.

A última dificuldade vem de onde não se espera: do MEC. O problema, desta vez, parece ser apenas de gestão. Mas prejudica. A OIT e a ONG Repórter Brasil prepararam um livro que ensina professores a abordar, em sala de aula, a prevenção ao trabalho escravo. Ao MEC, só caberia distribuir os mais de 20 mil exemplares. Porém a negociação está completamente emperrada no ministério. Resultado: se não for resolvido até o fim do ano, o financiamento, feito por uma instituição holandesa com prazo de validade, será perdido.

Para terminar: setor aéreo, algumas perguntas sem resposta

Mais de um ano depois do início da crise aérea, até quando Milton Zuanazzi vai teimar em permanecer na presidência da Anac?

Por que houve dinheiro para reformas amplas, caras e luxuosas nos terminais dos aeroportos e ainda não foram feitas as obras necessárias nas pistas?

Se a relação cliente-consumidor – a compra do bilhete – é entre o passageiro e a empresa, por que a companhia aérea sempre se esquiva de sua responsabilidade usando o argumento de que a culpa é do mau tempo ou do governo?

Se com uma chuvinha, como foi o caso da última sexta-feira, o aeroporto de Congonhas tem de fechar, como fazem para voar os moradores de Londres?

Por onde andam os planos para o trem-bala entre Rio e São Paulo?

Por fim, mas não menos importante: o que, na prática, mudou desde a nomeação do ministro Nelson Jobim?

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