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Um dado da CNI assustou. O de vendas reais, que indicou queda de 4,5% em relação a junho de 2006. Mas isso foi explicado pela base alta de comparação. Em relação a maio, o crescimento de junho foi de 0,2%. A utilização da capacidade instalada foi menor, mas a produção cresceu.

Cresceram também, no primeiro semestre, segundo a CNI, tanto o pessoal empregado (3,4%) quanto a remuneração (4,8%). "Esperamos a continuidade da trajetória positiva para renda real e emprego no segundo semestre", avaliou a Tendências Consultoria. Alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos é que têm puxado esses bons resultados.

Já os dados regionais da indústria do IBGE mostraram que, depois de dois anos muito ruins, o Rio Grande do Sul volta a crescer. A produção no estado de máquinas e equipamentos aumentou 59,9% em junho contra junho do ano passado.

– A recuperação se deu por conta da agropecuária. O estado não sofreu mais uma seca tão forte como em 2005. Os setores impactados pelo câmbio na região ainda sofrem, como é o de calçados, que caiu 8,4% – diz Sérgio Vale, da MB Associados.

Com o câmbio, as indústrias estão crescendo sobretudo apoiadas na demanda interna; diferentemente de 2004, quando também cresciam com a externa. Sérgio Vale acha que isso "dificulta a chegar a taxas tão elevadas de crescimento como as vistas naquele ano". Além disso, existe a preocupação com o fato de que a venda de máquinas e equipamentos ainda parece estar bastante concentrada em agricultura, especialmente açúcar e álcool:

– Ano que vem será um divisor de águas para saber se conseguiremos crescer sustentadamente 5% ou não.

Ação pouco afirmativa no Legislativo

Faz tempo. No início dos anos 30, as mulheres passaram a ter o direito de votar e também de se candidatar no Brasil. De lá para cá, avanços lentos, lentíssimos, na participação feminina no poder no país. Problemas semelhantes vivem algumas outras nações latino-americanas (com exceção da Argentina e da Costa Rica), como mostra o gráfico abaixo.

Diante disso, a Cepal apresentou ontem um documento estimulando o aumento da presença feminina no poder. Nele, deu apoio ao mecanismo de cotas de gênero, que já vem sendo aplicado com algum sucesso na região.

Em um artigo, o demógrafo José Eustáquio Alves, da Ence, conta que, no mundo, a participação das mulheres nos parlamentos cresceu de 3% em 1945, para 7,5% em 1955 e 10,9% em 1975. Nos 20 anos seguintes, ficou estável. Voltou a subir a partir de 1995, chegando a 16,2% em 2005.

No Brasil, ainda estamos nos anos 70: a presença feminina no Legislativo não chega hoje a 10%. Em 1995, passou-se a adotar políticas de cotas no país para tentar mudar a situação. "Cada partido ou coligação deverá reservar o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo", diz a lei. Mas, como explica o artigo de José Eustáquio, isso "não obriga que cada partido preencha as vagas destinadas para o sexo com representação minoritária". Ou seja, não há um piso mínimo para o número de candidatas. Com isso, nas últimas eleições, na média nacional, nenhum partido cumpriu a cota de 30%.

O demógrafo destaca no texto que a participação feminina no Legislativo tem crescido aqui menos que o esperado e menos que em outros países que adotaram algum tipo de cota. E conclui: "Os resultados tímidos da lei se devem à forma como a legislação foi adotada no Brasil."

Para terminar. Como bem lembrou um leitor por e-mail, com a possibilidade de reestatização da indústria petroquímica no país: "No Brasil, é preciso privatizar o setor privado."

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