Eu vejo onde quero chegar!

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Na semana passada vimos como estabelecer uma declaração de missão para sua organização, que tenha sentido prático nos negócios e que sirva para inspirar as pessoas. Que tal hoje pensarmos na visão? Saber onde se quer chegar é algo importante, não é mesmo? Nesse momento especial de eleições, poderíamos perguntar: como queremos que o Brasil esteja ao final do próximo mandato presidencial? Como o vemos daqui a quatro anos? As perguntas seriam as mesmas para o caso de sua empresa. Diferentemente da missão, que dá o seu motivo de existir, a visão diz onde ela quer chegar e como quer ser reconhecida.

Como deve ser a declaração de visão

A visão deve permitir que sua empresa olhe para frente, e para o futuro. Deve estabelecer um ponto onde você quer chegar, que esteja claro em sua definição e visível na linha do horizonte. Nada de sonhos quiméricos! Tem que ser algo que se possa vislumbrar. Mas também é preciso pensar grande, ser audacioso, para que sirva de inspiração e de norte para a organização. Esse equilíbrio é um desafio, que começa a ser encontrado a partir do momento que você consegue ser mais descritivo, e ao determinar um horizonte de tempo, em geral de 5 a 10 anos, para sua visão se realizar.

Onde sua vista alcança

Tenha o cuidado em manter a visão alinhada com a missão. Isso é importante, para não colocar sua visão além de onde você pode alcançar, ou mesmo apontando para um futuro contraditório com sua missão. É como se a missão delimitasse as fronteiras de seu território (área de atuação), e a visão fosse o lugar mais bonito e desejado desse território. A organização internacional GAIN (Aliança Global para uma Melhor Nutrição) possui a seguinte Visão: "A GAIN é guiada pela visão de um mundo sem desnutrição". Curta e inspiradora o suficiente, clara em seu objetivo e que cabe para uma organização internacional que atua em vários países no combate a problemas de desnutrição.

Como fazer?

Se é algo que dá o norte para sua empresa, você deve envolver as pessoas, pois são elas que ajudarão a alcançar esse norte. Não é somente um esforço colaborativo para chegar a uma visão inspiradora, mas é a própria oportunidade de conversar e interagir sobre isso, gerando engajamento. A consultoria americana OnStrategy sugere um bom método de construção. Imagine como será o mundo daqui a cinco anos e o lugar que você quer ocupar nele. Agora imagine que sua empresa será alvo da reportagem de capa da mais importante revista do país. Sobre o que será a reportagem? Qual será a manchete? O que será relatado nessa reportagem? Como serão as fotografias? O que as pessoas estarão dizendo sobre sua organização? Reúna grupos de trabalho para responder a essas questões, promovendo uma dinâmica para expor e escolher as principais considerações. Ao final, você terá elementos seguros e alinhados o suficiente para sua declaração de visão.

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