• Carregando...

Na próxima semana já bate à porta o segundo semestre de 2015 e todos nós alimentamos esperanças de melhoria quando acaba um ciclo e começa outro. Seria fé no calendário? Misticismo? É certo que havia uma expectativa de retomada da economia. Porém, segundo o Boletim Macro, divulgado nessa semana pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV), os indicadores econômicos não dão muitos motivos para otimismo em relação ao segundo semestre.

A forte queda no emprego formal (-166 mil vagas segundo o Caged), e a alta de inflação (+8,8% no IPCA-15 acumulado dos últimos 12 meses) são exemplos de indicadores divulgados recentemente, que continuam trazendo previsão de tempo fechado para os próximos meses.

  • Os indicadores econômicos não dão muitos motivos para otimismo em relação ao segundo semestre.
  • Segundo 92% dos empresários do comércio, as condições econômicas pioraram no último ano.
  • A CNC não acredita que se evite que 2015 seja o pior ano no desempenho do comércio dentro dos últimos 12 anos.

O comércio espera tempo nublado à frente

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou o resultado do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de maio último, no qual se observa ainda queda em relação aos meses anteriores. Porém, como a queda foi menos acentuada, isso já serviu para reacender as esperanças, pois todos queremos que a situação econômica melhore. Segundo os levantamentos do ICEC, foi a primeira vez que o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC), um dos três índices internos que entram na composição geral, registrou alta de +1%. O ICEC atingiu 85,3 pontos em maio com variação de -0,2% em relação ao mês de abril e -24,8% em relação ao ano anterior, acumulando clara tendência de queda já pelo quarto ano consecutivo.

Condições atuais do comércio com tempo fechado

O Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), outro índice interno na composição do ICEC mostra que o empresário percebe a deterioração das condições econômicas atuais. Esse índice estabeleceu um novo mínimo histórico ao atingir 48,7 pontos em maio, o que significou queda de nada menos que -43,9% se comparado ao ano anterior. Segundo 92% dos empresários do setor, as condições econômicas pioraram no último ano.

Redução de investimentos é consequência natural

Por que colocar o barquinho no mar se há previsão de ressaca? Assim também pensam os empresários do comércio, que verificam perspectiva de queda no volume de vendas, e ao mesmo tempo a elevação nos custos de captação de recursos. Com isso, revisam seus investimentos para baixo, e é justamente o que mostra o Índice de Investimentos do Empresário do Comercio (IIEC), terceiro e último índice que compõe o ICEC, que teve variação de -2,9% em maio e -20,9% no ano.

Com tudo isso, a CNC não acredita que se evite que 2015 seja o pior ano no desempenho do comércio dentro dos últimos 12 anos, apesar de ver de forma positiva a desaceleração na queda dos índices. O ICEC é resultado de apurações junto a lideranças do comércio (tomadores de decisão), cujos dados são levantados em cerca de seis mil empresas de todas as capitais do país, configurando-se em importante indicador antecedente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]