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Arte de Ghost of Sparta: ação de primeira no console portátil PSP, que pode sair de linha nos próximos meses, substituído por um PSP 2 | Divulgação/Sony
Arte de Ghost of Sparta: ação de primeira no console portátil PSP, que pode sair de linha nos próximos meses, substituído por um PSP 2| Foto: Divulgação/Sony

Ficha técnica

God of War: Ghost of Sparta

- Plataforma: PSP

- Produtora: Sony

- Categoria: Ação

- Preço: R$ 169

- Pró: Mais tempo de sangue na tela

- Contra: Deve ser o último grande jogo do PSP

Um monstro gigantesco é agarrado pelo único olho e tem a cabeça perfurada por uma faca, primeiro na nuca e depois na boca. A cena de violência explícita não é menos contundente do que a retirada das vísceras de um espartano pelas mãos de uma deusa. São sequências fortes, mas que passam quase desapercebidas no meio do mar de sangue que se encontra em God of War: Ghost of Sparta, lançado re­­centemente para o PSP. A série protagonizada por Kratos, um dos principais personagens nascidos nos anos 2000, nunca foi sinônimo de sutileza.Provavelmente os fãs esperam que a franquia sempre dê um passo a frente no teor "gore" em cada lançamento. A desenvolvedora, pelo jeito, não está desagradando os consumidores, apresentando aventuras cada vez mais brutais.

Ghost of Sparta, que esclarece lacunas sobre a história principal de God of War, se situa entre os dois primeiros jogos da série lançados no Playstation 2. Nesta se­­gunda aparição no portátil da So­­ny, o recém-nomeado "Deus da Guerra" – Kratos assume o lugar de Ares – precisa encontrar o irmão que foi capturado por deuses adversários. Se em Chains of Olympus, primeira aventura de Kratos no console da Sony, já era impressionante graficamente, Ghost of Sparta conseguiu ir além. É sem sombra de dúvidas o game mais bonito já feito em um portátil.

Já a jogabilidade mudou muito pouco, mantendo os mesmos controles do antecessor. Houve muitas melhores bem visíveis, como a câmera melhor posicionada e que sempre se movimenta para adiantar a posição de um futuro inimigo e a adição de ar­­mas, entre elas a Eye of Atlantis, utilizada para gerar uma corrente de eletricidade que derruba ini­­migos. Outra boa novidade é o Hy­­perion Charge, movimento que permite a Kratos usar inimigos como escudos, jogá-los como pedras ou parti-los ao meio.

Os "quicktime events", espécie de cena interativa – o jogador tem que apertar os botões em uma certa ordem para finalizar a ação –, abundam na tela. Uma das principais caraterísticas da série, os tais eventos ganharam uma variedade enorme e são usados principalmente para destruir os inimigos mais fortes. São nestas ocasiões em que acontecem as cenas mais brutais. Os quebra-cabeças mantêm a dificuldade baixa para não prejudicar a ação, assim como não foi mudado o sistema de melhora de energia e magia ao se coletar as "Orbs" que emanam dos monstros mortos. A Sony também resolveu uma das principais reclamações do jogo anterior: aumentou os números de chefões e estendeu a duração da partida para mais de sete ho­­ras. Enfim, o que era ótimo ficou excelente.

Com seus 60 milhões de aparelhos vendidos, muitos críticos consideram o PSP um fracasso de vendas, principalmente quando se faz a comparação com o Nin­­tendo DS, principal rival, que está chegando nas 150 milhões de unidades vendidas em todo mundo e deve entrar para a história como o videogame mais vendido até hoje. Uma conclusão equivocada. Pelo menos para quem tem um PSP e pode jogar títulos fantásticos como Ghost of Sparta. A pirataria, é verdade, fez com que muitas produtoras se afastassem do aparelho e deixassem de desenvolver novos jogos. A lista de lançamentos para os próximos meses mostra uma anunciada morte lenta, com poucos títulos relevantes. A situação piora quando no horizonte aparecem o 3DS e um possível PSP 2, que deve ser anunciado muito em breve. Mas toda a vez que este colunista tira o PSP para desfrutar umas longas e boas horas de jogos de primeira qualidade, como o analisado nesta coluna, fica nítida sensação de que a plataforma da Sony poderia ter tido um desempenho mui­­to superior.

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