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Arte baseada em Super Meat Boy: diversão barata e criativa, que embarca na onda retrô | Divulgação
Arte baseada em Super Meat Boy: diversão barata e criativa, que embarca na onda retrô| Foto: Divulgação

Ficha técnica

Super Meat Boy

- Plataforma: PC, MAC e Xbox 360

- Produtora: Team Meat

- Categoria: Plataforma

- Preço: R$ 25

- Pró: Ótimo acabamento para um jogo de baixo custo

- Contra: Dificuldade elevada

Foi difícil resistir à tentação das promoções de fim de ano da Steam, melhor loja de distribuição de jogos eletrônicos da atualidade para computadores. Durante os últimos dias do ano, games completos e famosos, como os da série Bioshock, chegaram a custar me­­nos de R$ 10. Não é um fenômeno recente, a Steam já tem sete anos de mercado e diz ter um cadastro com mais de 30 milhões de usuários, o que lhe dá um bom poder de barganha para conseguir baixar espetacularmente os preços, principalmente em feriados longos. Os números oficiais alegam que mais de um milhão de pessoas se conectam na rede todos os dias. Se você não conhece, vale a pena ir atrás.

Entre a explosão consumista deste colunista, um título brilhou entre os muitos comprados. Super Meat Boy, um jogo independente que saiu por apenas R$ 8,50 na promoção – hoje o preço de tabela é de R$ 25, o que ainda o torna muito atraente. É um game simples, que pega carona na onda de visual retro muito em voga. Vale lembrar que Super Meat Boy é uma versão bombada de um jogo em flash de­­senvolvido pela produtora Team Meat e que teve um relativo sucesso no fim de 2008.

O protagonista é um pedaço de carne que vai deixando um rastro de sangue em tudo que toca. A história segue o clichê Mario Bros: namorada é raptada por um vilão. O herói deve encontrá-la nos mais diversos cenários, mas, como de costume, ela estará sempre "no próximo castelo". Os prin­­cipais obstáculos são lâminas e serras elétricas, sempre afiadas o bastante para tirar uma lasca do protagonista.

Visualmente é espartano. Porém, com bom gosto. Perso­na­gens desenhados com bordas grossas para parecerem toscos e cenários simples que lembram outras gerações de videogame, principalmente os da época do Nes. Super Meat Boy também tem sua fase de alto contraste, como está se tornando moda deste o lançamento de Limbo, no qual o que se vê na tela são apenas as som­­bras dos personagens.

A baixa curva de aprendizado esconde desafios com nível de dificuldade extremamente elevado, o que pode acabar afugentando uma boa parcela dos consumidores. Primeiro pelo algoritmo de física adotado. Os pulos, por exemplo, duram mais e atingem maior distância que o habitual. A velocidade de movimentação também foi alterada, assim como aderência dos personagens nos mais diferentes pisos. Os quebra-cabeças não são dos mais criativos, basta chegar ao final da fase e acabar com os "chefões". Mas o meio, o que está entre a abertura e o final da fase, é que faz toda a diferença. A pouca variedade de jogabilidade, afinal é um jogo de plataforma com deslocamento lateral, basicamente, faz com que se necessite menos tempo para dar os primeiros passos. O verdadeiro desafio é ter boa coordenação motora, conseguir transpor as serras elétricas nas mais diversas composições.

O ponto negativo fica para a total falta de opções de disputas online. Um modo cooperativo acaba fazendo falta e diminuindo o chamado "fator replay".

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