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Por mais que a geração Y seja composta por profissionais ainda jovens, já é possível identificar tais profissionais atuando em cargos estratégicos. Isso não ocorre apenas em empresas familiares, onde o filho assume as funções dos pais, mas também em instituições públicas e em multinacionais. Quando a avalanche dessa geração começou a ingressar ao mercado de trabalho, por volta dos anos 1998 e 2000, as empresas não estavam preparadas para lidar com esse público. O cenário atual é muito mais receptivo e preparado para harmonizar as diversas gerações trabalhando juntas. Principalmente em processos de trainee, é possível identificar vários jovens profissionais gerenciando equipes, assumindo funções estratégicas e participando de grandes projetos. O cenário está bastante distinto daquilo que víamos há algumas décadas. Eu conheço um caso muito peculiar sobre a Geração Y e admiro muito o profissional em questão pelo sucesso profissional que conquistou.

Aos 17 anos, Conrado entrou no mercado de trabalho como estagiário de uma empresa. Na época, ainda estava no primeiro ano de faculdade e cursava Comércio Exterior. O jovem se dedicou totalmente ao seu primeiro emprego, demostrando comprometimento e interesse. Trabalhou bem em equipe e colocou em prática as teorias que aprendera na universidade. Embora gostasse das funções que exercia, percebia que aquela empresa não poderia oferecer-lhe oportunidades de crescimento. Estava havia dois anos na empresa quando foi recrutado para trabalhar numa multinacional. Ainda para uma vaga de estágio, essa nova empresa que o abordou deixou-o encantado com o desafio proposto. Os recrutadores expuseram a ele os projetos que faria parte, falaram sobre a perspectiva de crescimento e instigaram-no sobre o comprometimento e dedicação que seriam necessários ao entrar no time.

Como um profissional da Geração Y, o jovem não pensou muito ao trocar de emprego. Afinal, essa geração possui um dinamismo mais acentuado que as demais e Conrado sentia-se motivado e confiante para iniciar as atividades na nova empresa. Além disso, ele se identificou muito com o perfil e valores da companhia.

Mas o decorrer dessa história não foi fácil. Quando o recrutador disse que precisaria de muita dedicação, não estava exagerando. O jovem trabalhava além do horário de seu expediente, levava trabalho para casa e participava de projetos estratégicos de alta responsabilidade. Ele sentia prazer no que fazia e sabia até onde poderia chegar naquela equipe. Além disso, conciliou o trabalho com a faculdade, trabalhos voluntários e curso de idiomas. Aliás, essa é uma das maiores virtudes desses jovens, que não se importam (e até gostam) de fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Como toda história, apesar das dificuldades, existe a recompensa. Com tantas tarefas para realizar, não percebia que a gestão da empresa estava de olho nele e que a mesma percebia e reconhecia seu talento. Por isso, ficou surpreso quando recebeu uma proposta de efetivação antes mesmo de graduar-se. Aos 21 anos de idade, estava empregado numa empresa conceituada no mercado e participando de planos importantes da organização. Resultado: durante três anos como contratado, ele conquistou aos poucos patamares mais elevados e hoje, aos 24 anos, atua como coordenador. Veja bem, tudo depende do perfil da empresa e do funcionário em questão. A empresa exemplificada estava preparada para receber essa geração e já possuía no seu quadro de funcionários muitos profissionais jovens.

Conviver com diversas gerações é uma realidade hoje em dia e as empresas e funcionários precisam estar preparados para isso. Falarei mais sobre essa geração e como as empresas tem lidado com esse público no artigo de terça-feira. Até lá!

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