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Sua ascensão na carreira pode estar diretamente ligada a esta ideia: desenvolver seus pontos fortes. Dos profissionais que recebi e aconselhei nesses 30 últimos anos, esta é uma das ideias que eu mais procuro enfatizar quando um profissional me procura buscando crescimento ou até mesmo descobrir qual seria o melhor rumo para sua carreira.

Primeiramente, o profissional precisa responder a si mesmo perguntas como: O que eu faço de melhor? Quais são os meus talentos? Na maioria das vezes, as pessoas não conseguem responder de imediato a essas perguntas. O que acontece é que alguns profissionais não conhecem os seus talentos ou não pararam para pensar o que fazem de melhor. Ou, simplesmente, entendem o significado da palavra "talento" superficialmente. Digo, é comum pensar que talento esteja ligado apenas a habilidades como canto, desenho, esportes ou música – que na verdade também são tidos como dons.

De qualquer maneira, as habilidades natas não se resumem apenas a ofícios como esses. Eles vão muito além. Por exemplo, você pode ter o talento de ser comunicativo, de gerar boas ideias, de saber canalizar a criatividade das pessoas ao seu redor, ou até de ser excelente em contas ou planilhas eletrônicas.

Para descobrir o seu potencial, é importante eleger as qualidades que o tornam diferente dos outros e no que você é bom naturalmente (o livro "Descubra seus pontos fortes" pode ajudar bastante nessa etapa). Após descobrir os pontos fortes é preciso buscar aprimorá-los ainda mais. Procurar cursos e maneiras de tornar o que já é bom ainda melhor. Acredite, a maioria das pessoas segue o caminho contrário e, dessa maneira, se esforçam demais para melhorar apenas suas piores habilidades, como se isso fosse a chave para o sucesso. Na verdade, quando desviamos a nossa atenção para os nossos defeitos tentando melhorá-los, esquecemo-nos de expandir nossas destrezas, perdendo a oportunidade se nos tornar profissionais diferenciados por aquilo que somos naturalmente bons, acima da média.

Resumidamente: por mais esforçada e destemida que uma pessoa possa ser, dificilmente ela se tornará exímia em algo que ela nunca teve maestria ou habilidade prévia ou nata. Quando trabalhamos em algo que não nos é intrínseco ou não temos aptidão, nós gastamos muita energia, como forçar uma nova prática além dos nossos limites ou capacidades. Isto é, alguém que nunca gostou de matemática, após estudar e treinar muitas contas e equações, no máximo poderá se tornar mediano nessa habilidade. Isso é muito diferente de alguém que sempre preferiu a área de exatas, se aprofundou no assunto e hoje é o melhor administrador financeiro que uma empresa poderia ter. Em outras palavras, o que é baixo pode se tornar mediano, e o que é mediano e/ou nato pode se tornar excepcional.

Há uma coisa que profissionais e empresas precisam aprender a aceitar ainda: ninguém precisa ser bom em tudo. Em vista disso existe a possibilidade de realizar parcerias e construir equipes mistas, para que as diferentes aptidões sejam, de fato, complementares e, desta maneira, as debilidades sejam ocultas. Essas parcerias são muito comuns no mundo corporativo, nos negócios e até nos relacionamentos. Por exemplo, Walt Disney sempre teve o talento de gerar grandes ideias, esse era o seu talento, ser um idealista. Porém, nunca entendeu de contabilidade ou de quanto uma grandiosa nova ideia poderia lhe custar.

Para compensar seu gap, ele tinha Roy, um administrador nato, super habilidoso com os números e com a execução das idéias que Walt trazia. Sem Roy, Walt seria apenas um sonhador, mas, em conjunto, criaram um império de entretenimento como nunca visto antes.

Casos como esses são mais comuns do que imaginamos. Steve Jobs teve Steve Woszniak; Bill Gates teve Paul Allen. Podemos perceber que na maioria desses casos, as parcerias são formadas com pares de habilidades complementares. Nesses casos, pessoas ideativas e realizadoras. Como um casamento de talentos.

Quando se trata do mundo corporativo, é comum encontrar pessoas inovadoras, popularmente conhecidas como geradoras de ideias ou ideativas. Um segredo a respeito desses profissionais é que, geralmente, eles são impotentes por conta própria. Precisam sempre de um parceiro para alavancar seus "superpoderes" e eliminar os pontos cegos gerados pelas próprias habilidades. E, infelizmente, a maioria dos líderes não sabe como lidar ou filtrar esse rol de habilidades em suas equipes. Tudo é uma questão de adaptar estas potencialidades aos negócios e funções corretas.

Por isso, procure sempre investir no que você faz bem, assim, o caminho para uma carreira gostosa de seguir será menos fatigante e muito mais prazeroso.

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