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Com toda a evolução tecnológica que vivemos, vemo-nos frequentemente buscando o modelo mais novo dos aparelhos eletrônicos que costumamos usar, ou o software mais atualizado para equipar nossas máquinas. Os carros estão cada vez mais confortáveis e municiados, não faltam nem falar! Acho impressionante a maneira como muitos de nós nos sentimos satisfeitos (principalmente as gerações ávidas por tecnologia) quando compramos um equipamento novo, mais moderno que o antigo ou que o do colega. Não é por menos: hoje em dia ninguém quer parecer obsoleto. E por que não trazer essa sensação e conceito de obsolescência ao mundo corporativo?

Os profissionais, mais do que as máquinas, precisam de renovações e aprimoramento. Simplesmente não há como estarmos "impermeáveis" em relação às mudanças e, felizmente, alguns profissionais já estão se dando conta de que não podem ficar estagnados e aversivos ao desenvolvimento profissional.

Muitos profissionais, entretanto, consideram suas carreiras suficientemente boas, ao ponto de não precisarem ou buscarem nada mais. Quanta ilusão! Lido com isso frequentemente e percebo também que os salários estão cada vez mais generosos. Como dizer, então, que faltam vagas no mercado? Há vagas sobrando, o que faltam são pessoas capacitadas para preenchê-las! Algumas publicações já chamaram estes de "dinossauros corporativos". Eles estão lá, às vezes há muito estagnados, sem aprender novas funções, afazeres ou ganhar novas habilidades. Simplesmente pararam no tempo.

Há que se ressaltar que ninguém é tão bom que não precise de algo mais. Uma pesquisa estimou que mais de quatro exabytes de informações novas e únicas foram geradas em 2010. Isso é mais do que tudo o que foi produzido nos últimos 5 mil anos. Além disso, a quantidade de informações técnicas praticamente dobra a cada ano. Isso significa que alguém que está começando um curso de quatro anos hoje terá metade das informações aprendidas, ao final do curso, obsoletas. Uma outra pesquisa interessante mostrou que todas as informações dadas por um jornal impresso em uma semana oferece mais informações do que uma pessoa do século 18 aprenderia durante toda a vida. Isso tudo mostra o crescimento da oferta de informações com o passar do tempo.

A todo momento surgem atualizações de programas e ideias. Por causa disso, o aprendizado e a atualização profissional precisam ser contínuos.  Sem atualização, é como se o profissional ficasse parado no tempo, como disse anteriormente. O que geralmente acompanha a acomodação, quando não a demissão, é a estagnação. Mas, como saber para onde queremos ir, ou o que precisamos fazer para chegar aonde queremos? O deve ser buscado?

Primeiramente, o profissional precisa ter um planejamento estratégico de sua carreira, fundamentado em seus objetivos de vida; e, somente após isso, a estratégia de estudos pode ser definida. Não basta pensar em um curso qualquer, mas naquele que seria o mais adequado para o seu momento ou objetivo de carreira. Isso significa optar por algo que contribua efetivamente para o negócio no qual trabalha. Por isso, é necessário que o profissional converse com seus superiores sobre qual curso é mais apropriado para uma futura ascensão profissional. Desta maneira, o profissional também demonstra que está disposto a ir além do desejado, que deseja e é capaz de buscar algo mais.

Dedicar-se a uma especialização é uma boa opção. Cursos desse nível oferecem conhecimentos aprofundados, e as empresas precisam cada vez mais de pessoas capacitadas em determinadas áreas. Por outro lado, cursos de curta duração também são necessários. As noções básicas sobre algum tema podem ser suficientes para suprir demandas emergenciais. Além disso, não se pode esquecer de outras áreas de conhecimento, como as línguas estrangeiras.

Devido a isso, a educação corporativa continuada deve ser buscada. As empresas que oferecem cursos, módulos, palestras, treinamentos e capacitações à equipe de maneira constante têm, de fato, uma vantagem competitiva, sobretudo quando essas ofertas são focadas no mercado de atuação da empresa.

E não adianta, falta de tempo não é desculpa para a obsolescência. Existem muitos cursos no período da noite, aos fins de semana e até mesmo nas férias. E por que não nas férias? Em vez de gastar dinheiro com a praia, que tal buscar um investimento na carreira? Isto pode soar um tanto workaholic, mas para quem costuma reclamar de falta de tempo, as férias são uma ótima opção para reciclar conhecimentos.  Além de ser uma qualificação complementar, serve para aumentar sua rede de contatos profissionais e até mesmo pessoais. Há vários módulos curtos disponíveis no exterior, como o de idiomas, ou mesmo instituições de ensino nacionais que oferecem capacitações e módulos no exterior. Neste caso, combina-se férias com capacitação estrangeira.

Por fim, basta estar predisposto a ler muito e entender que nunca terminamos de estudar, não importa em qual área trabalhemos. Já citei isso anteriormente e sei que não sou o único a propagar essa informação. Acredito que, nesse caso, entram duas questões: planejamento e disciplina. Planejar o destino de sua carreira, definindo quais cursos ou informações serão necessários para atingir seu ápice. E disciplina para aprimorar-se muito. Se for preciso, inclusive, estipule um horário do dia que será destinado exclusivamente para você bisbilhotar os jornais do mundo todo. E não se culpe por esse tempo, afinal, não é um tempo perdido, pelo contrário. É um tempo de dedicação a você mesmo, para que não se torne uma pessoa obsoleta.

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