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Dicas

• Saiba ouvir o que os cole­gas têm a lhe dizer. As ideias podem não ser as melhores, mas a troca de experiências e conheci­mentos sempre irá contribuir para a construção de algo maior ou um resultado mais bem elaborado.

• Se você está em dúvida sobre sua conduta, peça um feedback! Algumas pessoas têm dificuldade em se autoavaliar, e uma crítica construtiva, seja do superior ou do colega mais próximo, sempre lhe ajudará a se tornar um profissional melhor e mais completo.

O trabalho é um lugar fantástico para surgirem divergências e conflitos. A formação técnica de uma pessoa aliada à sua personalidade propiciará esta diferença de opiniões a respeito de um determinado assunto que vemos na rotina de trabalho. Mas, antes de entrar diretamente no assunto, vamos entender melhor o que é exatamente uma crise, um conflito. O dicionário Aurélio define: ruptura de equilíbrio; manifestação exagerada de um sentimento; tensão; conflito. Eu diria que uma combinação destes fatores é o que propicia uma crise, mas, sobretudo, o que está no centro disso tudo é a divergência de opinião ou de intenção (sobre um objetivo, resultado, processo etc.), entre duas ou mais pessoas.

Conflito é parte de nossa natureza e significa também crescimento, progresso. Sem a divergência de pensamentos, atitudes, tendências, o homem não teria evoluído. A História está cheia desses exemplos. Grandes invenções e descobertas do homem começaram com indivíduos que pensaram diferente do resto. Lembre-se de Nicolau Copérnico e o hélio-centrismo, Isaac Newton e a gravidade, Voltaire e a liberdade civil, Santos Dumont e o avião e tantos outros cientistas, pensadores e filósofos que pagaram até mesmo com a vida pela defesa de suas ideias. Estes homens causaram conflitos com pessoas de suas épocas, e para superar isso formularam e provaram suas teorias elaborando estudos e embasando-os em fatos e experiências.

Trazendo isso para os dias de hoje e para o que as empresas se tornaram, aprender a lidar com a divergência se tornou uma grande competência. Não é algo que cabe somente aos chefes ou gestores de equipe, mas deve estar em todos os integrantes de um grupo. Quando pessoas têm diferentes intenções em relação a um objetivo, resultado ou processo, é natural que ali se instale uma disputa, cada um em favor de sua ideia. E para cada situação, há uma resolução.

Geralmente um conflito forma sua base nas ideias dos colaboradores. Isso acontece quando, por exemplo, há opiniões diferentes sobre a maneira de se fazer algo, qual objetivo devem atingir primeiro, o que deve ser prioridade no momento e por aí vai. Em uma situação dessas, primeiro de tudo, não deixe o calor do momento lhe tirar do sério. Quando a disputa sobre uma ideia ou opinião tem raízes que envolvem processos e resultados da empresa é muito importante que os participantes do embate tenham suas conclusões embasadas em fatos e dados. Além disso, é bom deixar a intuição de lado. Achismos geralmente não funcionam quando resultados e dinheiro da empresa estão envolvidos.

Se as duas pessoas não conseguem de jeito algum reconhecer qual das ideias é melhor, ou se a combinação de alguns fatores poderia dar uma terceira opção ainda mais interessante, levar o caso para outros colegas ou superiores ajudarem a analisar o caso pode ser uma boa saída.

Mas é possível também que o problema esteja além de uma ideia, ele pode estar no comportamento das pessoas. Arrogância, competitividade, orgulho; há pessoas que possuem estas características muito fortes na personalidade, e isso atrapalha, dentre outras coisas, o próprio relacionamento interpessoal dela com os colegas.

Algumas características facilitam bastante quando se está lidando com pessoas de temperamento difícil. Saber lidar com a arrogância (pessoas que não dão o braço a torcer de que estão erradas e insistem em dizer que têm a razão), saber ouvir, basear as opiniões em fatos e argumentações sólidas, ao contrário de achismos, além de evitar diálogos, conversas e argumentações que não levam a nada.

Acima de qualquer coisa, sugiro que as pessoas sejam diplomáticas no trabalho. Se você não quer passar por um problema, não crie oportunidades que podem desencadear em um.

Por último, lembre que a divergência não é boa por si só, mas pelo resultado que ela trás. O líder não deve se preocupar enquanto a equipe estiver debatendo e discutindo ideias, ele deve se preocupar quando houver silêncio.

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Teste

Será que você coopera com os colegas no ambiente de trabalho, ou é tão inflexível que está criando conflitos sem perceber?

1) Ao expor sua opinião, procura funda­mentar em fatos e dados concretos.

2) Apesar de saber que os colegas também elaboram boas ideias, acredita que as suas estão sempre à frente dos demais.

3) Feedbacks são praticamente uma afronta pessoal.

4) Reclama da maneira que as coisas são feitas e não propõe alternativas para solucioná-las.

5) Oferece-se para ajudar os colegas na realização do trabalho.

6) Expõe seus pontos de vista sem ofender ou desvalorizar os demais.

7) Ao apresentar ideias e resultados, prefere dizer que foi o líder responsável pela condução do bom projeto, ao invés de dividir os méritos com os demais.

8) Demonstra preocupação com o bem estar dos colegas.

9) Preocupa-se com o que será dito e se o conteúdo afetará positiva ou negativamente os envolvidos.

10) É bastante conservador a qualquer tipo de mudança.

11) Ouve a opinião e sugestões da equipe para tomar decisões melhores.

12) Mesmo não possuindo a posição de liderança, tenta influenciar e sugerir melhores alternativas de execução do trabalho.

Se você marcou as alternativas 1, 5, 6, 8, 11 ou 12, seu comportamento não prejudica o relacionamento com os colegas nem os resultados da empresa. Demonstra ser um profissional flexível e aberto a mudanças e sugestões. Mas se você marcou as alternativas 2, 3, 4, 7 ou 10 seria bom rever sobre sua maneira de lidar com os colegas, com os processos do trabalho e analisar se você não tem sido o ponto de conflito ou desarmonia da equipe. Aprender a ouvir pode ser o primeiro grande passo para essa mudança.

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