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Dicas para gestores

- Verifique como anda recompensando seus verdadeiros talentos. Esses, sem dúvida, merecem atenção especial.

- Evite tomar decisões importantes, como uma demissão, por exemplo, sem antes pesar todas as consequências para a empresa, mas, principalmente, para a vida daquela pessoa. Seja mais humanista.

- Reconheça os bons profissionais que tem em casa. Premie, enalteça, mostre a todos que você gosta do seu trabalho.

- Para os profissionais que andam errando, chame-os e dê feedbacks. Eles merecem uma segunda chance, antes de serem demitidos de surpresa.

- Por fim, cuide do clima organizacional. De nada adianta um profissional estar satisfeito. Se o conjunto não estiver, a sensação de insatisfação se propagará.

Em minha coluna de domingo, contei a história de um querido amigo que passou por uma situação constrangedora por ter sido demitido após 25 anos trabalhando para uma única organização. Infelizmente, mesmo tendo se dedicado e vestido a camisa da empresa com tanto esmero, na hora dos cortes, não houve nada que contasse tanto a favor dele, ao ponto de evitar essa situação. Além de ser condescendente com o moço e acreditar que ele fez certo em procurar por justiça, preocupo-me ainda mais com a forma com que os gestores têm agido com seus profissionais, principalmente, aqueles com muito tempo de casa.

E é pensando nisso que resolvi escrever a coluna de hoje. Trabalho com Capital Humano e sei o quanto é importante reconhecer os talentos que temos em casa. Infelizmente, porém, algumas empresas mais retrógradas não agem como se as pessoas que ali trabalham, fossem, de fato, o maior bem da empresa. Ora, é uma questão lógica! Para que uma empresa progrida, é necessário que ela produza, sejam produtos ou serviços. E, por mais que a tecnologia esteja a todo o vapor, essa infinidade de máquinas que toma conta das empresas vêm, única e exclusivamente, para aprimorar o trabalho humano, tornando-o mais ágil e próximo da perfeição. Afinal, por trás de uma grande máquina, há sempre um grande homem.

É por saber da necessidade de reconhecer o trabalho de seus colaboradores, que surgiram, ao longo do tempo, uma série de leis e formas de defender os interesses dos trabalhadores. Mas, não são nesses méritos que pretendo entrar. Mas, sim, nas questões práticas do dia-dia, exatamente onde gestores pe­­cam por não saber lidar direito com as questões comportamentais e, consequentemente, com os precei­tos para reconhecer os talentos de sua organização e nas consequências de suas tomadas de decisão.

Essa questão que tomei como exem­­plo é apenas uma de tantas si­­tuações onde a empresa simplesmente apaga de seu chip de memória tudo o que um dia aquele profissional fez por ela. Demissões, às ve­­zes, são extremamente necessárias. Porém, por que escolher, justamente, um profissional com tan­­tos anos de prática naquilo que faz, que conhece cada código da cultura organizacional e que jamais deu um motivo sequer par ser cogitado a sair? Como empresário, reconheço que nenhuma empresa gosta de demitir. Pelo contrário, cortes só são feitos em último caso e, quando necessários, pesam-se inúmeras circunstâncias ao passo de escolher a melhor (ou pior, depende do ponto de vista) opção.

Atento para questões como favoritismos, puxa-saquismos, e outros "ismos" que fazem com que profissionais, às vezes não tão bons, que se tornam pupilos de seus chefes por, simplesmente, ceder a alguns de seus caprichos. Do que a empresa precisa, afinal? De profissionais que vivem pulando nos buracos que seus chefes pedem e deixando seus trabalhos de lado para atender a solicitações pessoais e, às vezes, absurdas; ou de pessoas com alto grau de comprometimento com a empresa, que exercem suas funções com maestria e que apresentam resultados reais à organização? Indigno-me ao ver que são esses primeiros (os bajuladores) que acabam vingando nas empresas. São essas pessoas que, na maioria das vezes, não são cogitadas para sair e que ganham os maiores salários das organizações.

Num tempo em que os talentos são cada vez mais cultuados e, aparentemente, reconhecidos pelo mercado, ainda há uma grande parcela que enfrenta esses problemas supracitados. E, infelizmente, a única forma de modificar essa mentalidade arcaica é, justamente, fazendo com que os gestores (os ruins, pois os bons já entendem isso) percebam que quanto mais priorizarem os profissionais medianos, que executam qualquer tipo de puxa-saquismos, menos terão profissionais realmente eficazes em suas equipes. O fato principal que impede que eles enxerguem isso é a visão deturpada do que é, realmente, um profissional eficiente.

Por isso, aos gestores sugiro que reflitam um pouco sobre como estão reconhecendo os talentos caseiros. Verifiquem se estão os tratando e recompensando de forma satisfatória, pois, caso contrário, perderão, em breve, seus maiores tesouros: aqueles que realmente produzem algo de bom para a corporação. E, depois do leite derramado, será tarde para entender que as pessoas são insubstituíveis. O maior sofredor disso tudo, certamente, será a organização como um todo, desde o caixa da empresa, até os profissionais que ficam e observam as injustiças acontecerem uma atrás da outra.

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TESTE

Sua empresa valoriza os talentos?

Marque as ações que sua organização costuma adotar e descubra:

1. ( ) Programas de treinamento e desenvolvimento afinados com as necessidades de colaboradores.

2. ( ) Incentivo financeiro e flexibilidade de horário para estudo/desenvolvimento profissional.

3. ( ) Programas de qualidade de vida.

4. ( ) Benefícios diferenciados (creches para as mães, academias de ginástica, entre outros).

5. ( ) Canal de comunicação interno que mantém os colaboradores atualizados sobre o que acontece na empresa.

6. ( ) Eventos de confraternização entre os colaboradores e familiares.

7. ( ) Ações de reconhecimento dos colaboradores pelos resultados, tais como, premiações, agradecimentos públicos, entre outros.

8. ( ) Prioridade aos talentos internos na abertura de vagas na empresa.

9. ( ) Plano de carreira que dá oportunidades de crescimento para o colaborador.

10. ( ) Autonomia para desenvolver seu trabalho.

11. ( ) Abertura para ouvir os colaboradores com ideias para melhoria dos processos da organização.

12. ( ) Ao decidir pela demissão, leva em consideração produtividade, competência, histórico de empresa e vida pessoal do colaborador.

13. ( ) Nas demissões contrata programas de apoio para recolocação do profissional.

14. ( ) Ações de reconhecimento pela contribuição dos profissionais na história de sucesso da organização.

Se você marcou a maioria das afirmações, fique contente! A sua empresa sabe dar valor às pessoas que contribuem para o sucesso. E dificilmente os colaboradores estão pensando em sair.

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