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Desde cedo, ainda na escola, Carolina era reconhecida por sua capacidade de assumir responsabilidades, de definir com rapidez e propriedade qualquer tipo de assunto. Quando passou a exercer seu primeiro cargo no mercado de trabalho, como estagiária, rapidamente conquistou visibilidade. Mais adiante passou a gerente e continuou a garantir resultados notáveis.

Em determinado episódio, resolveu um complicado caso de negociação com um grupo empresarial influente. Na ocasião, enfrentou o conjunto todo de compradores e obteve um grande contrato com especiais vantagens para sua organização. Essa vitória valeu-lhe os cumprimentos do presidente da empresa e o bônus do ano, além de ter sido essencial para sua promoção ao cargo de gerente sênior.

Motivada pelas conquistas que sua personalidade lhe assegurava, Carolina a cada dia sentia-se mais à vontade com os desafios que a vida corporativa lhe apresentava. Seu objetivo era chegar à direção da empresa. Todavia, embora desejasse muito ascender, esqueceu que precisava desenvolver outras habilidades, além da competência técnica. Esse erro impediu que a profissional subisse mais na hierarquia.

Depois de ser preterida em várias promoções, Carolina pensou em deixar a organização. Aquela rejeição deixara-a frustrada, principalmente porque os colegas promovidos em seu lugar não eram, na sua opinião, melhores do que ela. Conseqüentemente, achou que ser subordinada de pessoas profissionalmente inferiores seria muito doloroso.

Tomou, então, uma decisão importante: montaria seu próprio negócio, confiando em sua habilidade de tomar decisões acertadas e rápidas. Mas o novo negócio exigiu de Carolina investimento de tempo e de recursos bem maiores do que os imaginados inicialmente. Como sua reserva de capital esgotou-se muito rápido, quando ela iniciou as atividades de seu empreendimento se viu sem recursos. Aí se iniciaram os problemas.

Durante o processo de contratação dos funcionários, Carolina demonstrou boa vontade, prometendo salários que considerava justos. Depois, arrependeu-se dos valores acertados. Equivocou-se, também, na negociação dos prazos para o pagamento dos equipamentos adquiridos: no mês seguinte venceriam as primeiras parcelas e sua empresa ainda não tinha faturamento. A cada nova decisão, Carolina ficava mais insegura, mais titubeante. Após oito meses, seu negócio quebrou. Ela percebeu, então, que era excelente na tomada de decisões, mas apenas quando quem corria riscos era a empresa dos outros.

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Muitos executivos são bons administradores quando ocupam o papel de empregados, mas quando a decisão envolve o próprio patrimônio, a insegurança, a indecisão e o medo se instalam rapidamente. A capacidade de assumir desafios não deve estar relacionada à posse ou não dos recursos, pois toda decisão importante deve ser ponderada de forma responsável. Independentemente de quem paga a conta, a tomada de decisão envolve reflexão e visão global. Alguns gestores são negligentes ao não realizar um estudo antes de qualquer julgamento ou conclusão de maior relevância. Por isso, colocam em risco, além da sua reputação, as perdas patrimoniais e o bem-estar de muitos funcionários, entre outros fatores. Mostrar-se corajoso e impetuoso com o dinheiro dos outros é fácil. Portanto, se você está na posição em que tem o poder de decisão, avalie se sua postura seria a mesma se o risco fosse seu.

Saiba mais

Educação ambiental

A Fundação Bradesco inaugurou em setembro mais cinco viveiros de mudas de plantas doadas pela Fundação SOS Mata Atlântica. Eles estão funcionando em escolas da Fundação Bradesco de Gravataí (RS), Laguna (SC), Paranavaí (PR), Maceió e João Pessoa, elevando para 10 o número de unidades atendidas. A parceria entre as duas instituições existe desde 2001, quando foi implantado o primeiro viveiro em Osasco (SP). O objetivo dela é potencializar os projetos de educação ambiental e formar multiplicadores entre os alunos e professores, que aprendem a trabalhar com sementes e mudas, além de adquirirem conscientização ambiental. Depois de cultivadas, as mudas são replantadas na mata ou doadas para prefeituras, entidades e comunidades onde funcionam as unidades escolares. A capacidade de produção de cada espaço é em média de 4 mil mudas por ano.

Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Contato: coluna@circulodoemprego.com.br, ou (41)3352-0110. Currículos: cv@debernt.com.br

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