• Carregando...

Dicas

Acertando a escolha

- Começar a carreira é um ato de planejamento delicado, onde um piso em falso pode significar muito tempo e dinheiro perdidos. Da mesma maneira, começar a carreira na direção certa pode significar uma ligeira vantagem em relação aos outros profissionais do mercado. Para quem está em dúvidas se escolheu o curso certo, ou se essa é a carreira que irá lhe satisfazer para o resto da vida, existem serviços como o aconselhamento de carreira, também chamado de counseling. Eles visam orientar tanto o profissional experiente, quanto o jovem profissional ou o estudante a descobrir seus interesses e refletir sobre os anseios do próprio futuro.

Você já deve ter presenciado a seguinte situação: após inúmeros contatos com outra empresa (cliente ou fornecedor), você marca uma reunião com seu representante e então se depara com um profissional extremamente jovem. Fica mais assustado ainda quando olha em seu cartão de visitas e descobre que já é gerente, coordenador ou mesmo diretor.

Essa reação já demonstra a desconfiança, ou até preconceito, que alguns de nós temos em aceitar o fato de um jovem profissional poder, sim, assumir grandes responsabilidades e cargos em uma empresa. Mas, em que pontos a contratação de um jovem para um cargo dessa relevância é positiva ou negativa? E qual é o "caminho das pedras" para quem ingressa no mercado agora e quer alcançar tais posições?

A realidade de muitas empresas

Contratar profissionais bons e qualificados é uma dificuldade real de muitas empresas – e achá-los a um preço competitivo acentua essa curva. Dentre os fatores que contribuem para a entrada dos jovens profissionais, até os 32 anos aproximadamente, em tais cargos de gestão, estão a ânsia pelo crescimento rápido e a qualquer preço (mesmo que inferior à média do mercado), a falta de qualificação dos profissionais mais velhos e o alto custo que os profissionais mais experientes e qualificados geralmente representam.

Como toda "moeda", há pontos positivos e negativos quando se confia aos jovens estas posições. Dentre os positivos está o fato de as novas gerações já nascerem imbuídas da utilização de artefatos tecnológicos. Isso lhes agrega características como atualidade e, ainda mais importante, multifuncionalidade. Não é estranho avistar um jovem que esteja ouvindo música, jogando, conversando com os amigos na internet e ouvindo as notícias da televisão, ao mesmo tempo.  Não que os profissionais mais experientes não consigam manter o foco em várias atividades, mas a naturalidade dos jovens em lidar com isso é muito maior. Da mesma maneira, essa capacidade de absorver conhecimentos, técnicas e principalmente tecnologias novas é um fator importante do quesito resiliência – importante tanto para profissionais em formação quanto aos já estabelecidos no mercado.

Entretanto, há algo que neles falta, justamente por serem jovens: experiência. E agora muitos hão de entender porque o tempo de experiência pode valer mais que uma qualificação extra no currículo. O aprendizado ocorre das seguintes maneiras: 1) estudando; 2) praticando e; 3) com base na tentativa e erro. Eles não têm uma base tão larga de referências passadas e não puderam construir e desenvolver tão bem, ao longo de sua curta jornada, concepções, estratégias e conceitos, quanto seus predecessores – a não ser por aquilo que já estudaram. Sendo assim, é natural que os jovens tenham uma probabilidade maior em cometer erros e que a capacidade analítica dos profissionais veteranos envolva uma gama maior de possibilidades e desdobramentos.

Vale considerar também a paixão e o afinco com que os jovens trabalham – ainda mais quando assumem tais posições. Ter um fardo importante para carregar massageia o ego, e eles se sentem bem assumindo desafios maiores com constância. Isso demonstra que eles são realmente úteis para a empresa e estão sendo devidamente utilizados. O "problema" em ceder uma oportunidade de crescimento é a velocidade em que ele irá lhe cobrar a próxima. Crescer rápido é um anseio de todo jovem, e é preciso que eles entendam que vivenciar muitas experiências diferentes é o melhor caminho para crescer de verdade na carreira.

Como voar alto sendo jovem

Antes de prosseguir é bom deixar claro que nosso caminho profissional pode ser determinado por duas forças: o merecimento/reputação e a sorte. Não são todos os jovens que irão sentar na cadeira da presidência aos 30, ou serão gerentes antes dos 25, embora todos tenham uma chance.

Quando se fala em um "caminho das pedras", seja para o que for, é um pouco difícil não fugir de coisas que todos já sabem, como é o caso da primeira força citada (merecimento). Há características que sempre irão contar pontos a favor do profissional, não importa em qual nível hierárquico ele esteja. Independen­temente da atividade desempenhada, fazê-la com dedicação e, acima de tudo, amor e afinco, denotarão seu esforço pela empresa e pelo grupo. Isso, obviamente, todos já tentam fazer, mas e para conseguir a promoção?

É aí que entra a "sorte". Para que uma pessoa cresça, é preciso que a empresa e todo o resto da equipe sigam o mesmo movimento.  Portanto, se a empresa estiver em um bom momento, isso poderá favorecer suas chances de promoção. Segundo, muitas promoções também "caem de paraquedas". É aquele momento em que o superior direto sai da empresa. Como o tempo disponível para achar um novo profissional muitas vezes é nulo, ou simplesmente não foi possível encontrar ninguém dentro do tempo estipulado, é nesse momento em que as empresas apostam nos subordinados, que geralmente são mais jovens.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]