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Camile é uma jovem que passou simultaneamente pelas faculdades de Desenho Industrial e de Administração. Apaixonada por design, ela teve que se dedicar também ao estudo da administração pensando na prosperidade do patrimônio industrial de sua família – que, por sua relevância e caráter promissor, não pôde ser ignorado pela moça.

Durante o preparo acadêmico, Camile precisou reafirmar sua vocação diversas vezes, pois sentia dificuldade para conciliar as duas profissões. Esse dilema persistiu mesmo após a conclusão de ambos os cursos, visto que o mercado de trabalho exigia dela muita dedicação e comprometimento. Camile tinha uma jornada de várias horas e dividia-se entre a indústria da família e seu escritório de design. A sobrecarga de funções levou-a a considerar uma escolha definitiva pela administração. Porém, assim que se afastou das artes, sentiu um imenso vazio, um desconforto no estômago e uma ansiedade perturbadora. Então, voltou a cuidar das duas carreiras, tentando se sentir completa.

Depois de mais uma tentativa frustrada de desempenhar os papéis de executiva e de designer, a jovem chegou novamente à conclusão de que deveria privilegiar apenas uma das profissões. Para decidir em qual delas iria investir, pediu auxílio a um especialista em capital humano, a fim de dividir com ele a responsabilidade por uma escolha que para ela era crucial.

Na reunião com o consultor, Camile soube que a possibilidade de desenvolver todos os seus talentos era viável. Mas para isso ela precisaria se organizar e se cercar de uma estrutura de apoio. O especialista sugeriu, então, que a profissional encontrasse uma sócia para seu escritório de design, para que este pudesse funcionar mesmo durante sua ausência. Para a manutenção do cargo de executiva, o consultor lhe indicou uma mudança de setor. Aconselhou a jovem a migrar para um departamento em que as decisões fossem coerentes com suas aptidões, como o de Comunicação e Marketing ou o de Engenharia e Arquitetura. Assim Camile poderia estimular sua capacidade administrativa e continuar ligada aos aspectos artísticos e criativos de sua personalidade.

A moça acatou as dicas do consultor e as implementou com rapidez e sabedoria. Dessa maneira, conseguiu finalmente se desenvolver nas duas áreas e acabar com seus conflitos internos. Hoje Camile ainda cultiva um outro talento: toca violão. Algumas pessoas perguntam como ela faz tantas coisas ao mesmo tempo. Nessas horas, a jovem afirma que quando se tem prazer, muita organização e uma estrutura que forneça suporte para a manutenção das atividades realizadas, nenhuma se torna um peso, e sim um respiro. ***

A maioria das pessoas passa toda a vida buscando sua verdadeira vocação, as aptidões que as destacam e os traços mais marcantes de sua personalidade. Uma vez identificada determinada característica, constroem a sua existência em torno dela. Esse processo não está de todo equivocado. Porém, sabe-se que uma pessoa não é concebida, exclusivamente, para o desempenho de uma única função, de um só talento. Cada um de nós é capaz de trabalhar diversas habilidades, de se expressar de formas distintas, em áreas completamente diferentes umas das outras. O profissional não tem que escolher entre uma coisa ou outra, visto que é possível cultivar mais de um talento paralelamente. No entanto, não sugiro que, a partir de agora, as pessoas se engajem em diversas ações conflitantes, apenas para incrementar suas aptidões. O que indico é uma atenção especial para as diversas vocações que se detém. Lembre que, ao contrário de uma máquina programada para se ater a uma série limitada de funções, o homem é capaz de surpreender por meio de habilidades inatas ou desenvolvidas ao longo do tempo.

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Projeto Afro-Brasileiro

Em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), a Monsanto desenvolve o projeto Afro-Brasileiro. O objetivo é subsidiar a formação universitária de estudantes negros, para que se tornem competitivos no mercado de trabalho.

Por meio de uma entrevista, o Ciee seleciona pessoas de ascendência negra, provenientes de famílias carentes, que estejam cursando o ensino superior em instituições particulares e que tenham bom desempenho escolar.

Depois de escolhidos os alunos, a Fundação Monsanto, fundo social que apóia iniciativas nos países onde a empresa possui escritórios, passa a pagar suas mensalidades e a fornecer, mensalmente, 500 reais para compra de material didático, transporte, alimentação e atividades educativas extracurriculares.

Além de fazer a triagem dos estudantes, o Ciee faz o acompanhamento individual dos beneficiários, fazendo a relação entre aspectos de aproveitamento escolar e subsídios ofertados. Com um investimento de mais de 900 mil reais, a Monsanto já ajudou 41 alunos no estado de São Paulo desde 2001.

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Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Contato: coluna@debernt.com.br, ou (41)352-0110.

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