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Você é daqueles que vive levando o computador para casa para terminar aquelas tarefas que não conseguiu ao longo do dia? Trabalha quase todas as noites e por vezes até aos fins de semana - mas alega que a única razão disso acontecer é a paz para raciocinar, algo que não é possível encontrar no escritório? Embora alguns se enquadrem nessas situações e outros achem duro admitir, são vários os motivos que podem levar alguém a trabalhar em casa. Mas podemos restringir essa situação a alguns poucos itens.

O primeiro deles diz respeito à organização e priorização das tarefas durante o expediente. Algumas pessoas se veem obrigadas a trabalhar em casa por não conseguirem organizar-se durante o expediente de maneira apropriada. O resultado natural disso é uma pilha "autossustentável" de atividades por fazer. A fatalidade de estar preso a uma situação dessas é que, além do acúmulo de novas tarefas por cima das antigas não ser bom, o aparecimento de imprevistos e urgências só vai degringolar a ordem do trabalho, o equilíbrio emocional e a reputação do profissional – que será sustentada por tempo limitado e ficará refém de frases como "estou terminando", "estou providenciando" e "quanto tempo adicional você pode me dar"?

Entretanto, mesmo quando a organização, a priorização e o controle sobre as atividades não são suficientes para manter as atribuições em dia, é possível que este seja o caso de uma daquelas empresas que "suga" cada célula vital de seus funcionários. Muitas delas exigem demais de seus funcionários e se preocupam apenas com o prazo de entrega dos trabalhos, ignorando a maneira de como serão feitos ou quantas horas de trabalho serão necessárias para fazê-los.

Em muitos destes casos da empresa "exigente", é comum os profissionais que trabalham (bastante) em casa não terem ainda percebido os reais motivos que os levam a fazer isso, e ainda se sentem confortáveis trabalhando dessa forma. A empresa geralmente negligencia essas atitudes e, em vários casos, prefere não reconhecer a necessidade de investir em uma equipe maior para dar conta da demanda de trabalho.

Não podemos nos esquecer dos profissionais que suam a camisa por consciência e vontade próprias. Essas pessoas não querem apenas que a empresa em que trabalham seja a maior e a melhor. Querem também crescer profissionalmente. Os profissionais que almejam ascender na carreira devem saber que a dedicação diária irá superar facilmente as oito horas diárias. Pergunte a qualquer diretor ou presidente. Eles trabalharam dez, doze, quatorze horas por dia para chegar aonde estão hoje. E agora que conseguiram se realizar profissionalmente, continuam com essa rotina para dar conta de todas as responsabilidades a que foram submetidos.

Neste ponto é preciso ressaltar a palavra "realização". Só irá se dedicar e produzir de maneira eficiente aquele que está muito satisfeito e resolvido com o seu trabalho. Aqueles que não estão provavelmente encontrarão aqui a causa da morosidade na realização de projetos, comentado no primeiro item deste artigo.

Por último, desejo lembrar-lhes que acima de qualquer vontade por crescimento, de toda empresa sugadora e de todos que pecam um pouco na organização das atividades, é preciso, sim, respeitar as sagradas horas de descanso e lazer a que todos têm direito. Sim, sagradas.

Apesar de todo o amor e paixão que temos pelo nosso trabalho, não podemos fazer dele um "refúgio" para fugir das atividades sociais e de lazer que possuímos. A vida é um conjunto de coisas. Temos que aproveitar o tempo livre para curtir a família, acompanhar o crescimento dos filhos, estudar, viajar, divertir-se. Isso tudo trás equilíbrio para nossas vidas, que não é somente feita de trabalho. Esses fatores, quando em conjunto, e quando em harmonia, só tenderão a melhorar nossa condição e disposição para viver e trabalhar, cada vez melhor.

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