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Para as empresas, planejar as carreiras de seus profissionais é visto como um investimento, um caminho, um benefício, uma crença no futuro daquele profissional dentro da empresa. Esse planejamento possibilita um progresso gradual, ritmado e porque não, organizado, além de ser uma estratégia para buscar o engajamento das equipes e a manutenção de seus desempenhos. Os resultados desse planejamento refletem não só na atuação dos colaboradores como também em sua motivação. Isso, por sua vez, não apenas influencia positivamente a força de trabalho, como também deixa claro o potencial de crescimento de cada um dentro da organização. É o que a maioria de nós gostaria de saber, certo?

Entretanto, mesmo que apenas uma pequena parte das empresas faça isso, e que praticamente todos os consultores de carreira recomendem a construção individual do planejamento de carreira, não são todos os profissionais que o fazem. Muitos denegam essa responsabilidade e a deixam no ar, à deriva da boa vontade de um gestor perspicaz, de uma mudança repentina na cultura da organização ou da troca por um gestor "visionário" de RH da noite para o dia. No artigo de hoje falarei sobre algumas possíveis maneiras de construir esse planejamento.

Planejamento de carreira: começando pelo começo

Antes de começar, algumas perguntas difíceis precisam ser feitas – e respondidas. A primeira delas, para que o plano de carreira possa sair do papel, a meu ver, é: qual é o sentido que você pretende dar à sua vida e ao seu trabalho? Desenhar vestidos para momentos únicos na vida das pessoas? Cozinhar bolos diferentes e especiais? Ser um executivo "topo de linha"? Pedir demissão, empreender e abrir uma franquia?

A resposta dessa pergunta pode determinar a estruturação de todo o plano, pois ele então será baseado em uma causa de vida, um objetivo maior. Admito, essa pergunta não é fácil de ser respondida. Muitas vezes, para encontrar tal resposta, o profissional precisará dedicar um tempo para o autoconhecimento, ou seja, um estudo aprofundado de si mesmo que permite listar detalhes importantes da personalidade, anseios de carreira, valores fundamentais, competências, habilidades e os maiores talentos.

Um dado interessante para compartilhar: Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn em 2012 revelou que 30% dos trabalhadores atuam na profissão que almejavam ter na infância. Mais de 8 mil profissionais foram ouvidos em mais de 17 países, incluindo 550 brasileiros. A pesquisa revelou que para mais de 70% dos entrevistados a característica mais importante da profissão dos sonhos é "ter prazer no trabalho". O segundo item, "ajudar os outros", apareceu com 8% e "bom salário", na terceira posição, com apenas 6%.

Lembre-se disso e leve em consideração: Qual é o seu sonho profissional? Estou caminhando em direção à realização profissional? E em direção à realização pessoal?

Tipos de planejamento

Quando falamos sobre planejamento de carreira, podemos dividi-lo basicamente em três períodos, etapas ou fases: curto, médio e longo prazo. Cada um tem diferentes objetivos e vou explicar de maneira resumida cada um deles.

O planejamento de curto prazo envolve aqueles objetivos que você visa atingir em até um ano. Pode envolver uma mudança de emprego ou o aprendizado de um novo idioma, por exemplo. Geralmente é algo que não exige muito tempo e traz benefícios imediatos.

Já os objetivos de médio prazo podem ficar entre aquilo que você deseja atingir entre um e cinco anos e, geralmente, necessitam de mais tempo de preparação. Na carreira, de modo geral, é quando um profissional planeja mudar de profissão, estudar no exterior, almeja alcançar um cargo estratégico ou uma promoção específica. Dentro desse período também é necessária uma aquisição de conhecimento, que pode levar de quatro a até seis anos. Dessa maneira, os resultados também demoram um pouco mais para serem alcançados.

Por fim, temos os objetivos de longo prazo. É aqui onde se decide o objetivo final de nossa carreira, por exemplo. Obviamente, as pessoas possuem diferentes metas e objetivos de vida, e é isso que torna cada um de nós único. Usemos um exemplo bastante comum: tornar-se líder na empresa.

Antes de querer ser, é preciso saber se a pessoa tem a experiência profissional desejada, o conhecimento técnico ou características comportamentais adequadas para tal função. Algumas pessoas nascem com essas habilidades, há muitos líderes natos por aí, mas isso não quer dizer que não podemos desenvolver tais habilidades, com muito treino e dedicação.

Você está onde gostaria de estar?

Das pessoas que vêm até mim, reparei que quase sempre me perguntam se elas estão "a tempo de chegar lá". Pensando nisso, construí essas duas boxes, para que cada um possa se situar e planejar sua carreira. Lembro que o desenvolvimento de uma carreira é construído degrau após degrau, e ganham-se "calos" essenciais de experiência em cada um deles. Além disso, cada empresa possui características distintas para promover e alocar seus profissionais. Por isso, procure observar nos quadros ao lado se você está onde gostaria de estar.

Por fim, lembre-se de que a construção de um líder ou grande profissional não ocorre da noite para o dia. É como uma maratona. Ninguém começa correndo os 42 km. Para alcançar esse feito são precisos anos de treino, desenvolvimento, aperfeiçoamento. As categorias de competição, por exemplo, são como os cargos que os profissionais passam. Há uma média de idade para alcança-la e uma média de tempo para ultrapassá-la.

Após todo o planejamento feito, como o profissional alcançará as suas metas? A resposta é simples: comprometimento. Não deixe a procrastinação ser um inimigo do seu futuro, estabeleça metas anuais, com ordem e prazo para todas elas. Assim, o futuro não será uma incógnita, e sim o resultado de algo minuciosamente planejado.

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