Alimentos sobem menos e inflação recua
Rio de Janeiro Com a perda de força dos preços de alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,29% em setembro. No mês passado, o índice acelerou acima das projeções (0,42%) e trouxe dúvidas sobre a continuidade da trajetória de corte dos juros.
No ano, o índice acumula crescimento de 3,15%, e, nos últimos 12 meses, de 4,20%. O IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA referência para a meta de inflação do governo, neste ano em 4,5% , mas com dadas diferentes de coleta.
O comportamento da inflação em setembro pode ser explicado pela perda de fôlego do grupo Alimentos, que passou de alta de 1,61%, em agosto, para 0,87%, no mês passado. A variação no preço do leite pasteurizado recuou de 13,91% em agosto para 0,21% em setembro. As carnes passaram de alta de 4,21% para 1,46%, e o pão francês, de 1,86% para 0,64%.
São Paulo A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a semana com ganho acumulado de 5,72%, num reflexo do ânimo renovado do mercado com a redução de juros promovida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
O Ibovespa, que acompanha as ações mais negociadas da bolsa paulista, fechou o dia em alta de 1,57%, aos 57.799 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,31 bilhões.
A Bolsa brasileira tomou novo fôlego com notícias positivas tanto no front doméstico quanto externo. Internamente, a variação abaixo do esperado do IPCA-15 reforçou a expectativa de um possível corte na taxa básica de juros brasileira em outubro.
No cena externa, a ausência de notícias negativas sobre a crise dos "subprime" e a divulgação de lucros acima do esperado para as empresas Nike e Oracle ajudou as bolsas americanas a fecharem no positivo.
"Com a queda dos juros nos EUA, a tendência é que o investidor estrangeiro que havia saído por causa das turbulência volte, e até em maior quantidade. E o Brasil está com fundamentos melhores e perto de conseguir o investment grade [melhor classificação de risco]", afirma Douglas Gomes, da corretora Intra.
No front corporativo, a Telemar Participações, holding que controla o grupo Oi de telefonia móvel e fixa, definiu para o dia 11 de outubro o leilão para compra de ações preferenciais de sua controlada Tele Norte Leste (TNL). Também confirmou o ajuste do preço a ser pago pelas ações dos minoritários para R$ 45 por papel. A ação preferencial da holding valorizou 3,67% na Bovespa, cotada a R$ 40,60.
Após adiamentos, o mercado permanece incerto tanto sobre a nova data do leilão quanto o preço a ser pago. Há dúvidas sobre a adesão dos minoritários à oferta, com a exigência de dois terços. Também já corre nas mesas de operações que o preço pode ser novamente ajustado, apesar das negativas da empresa.
Câmbio
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,870 para venda, em declínio de 0,63%. O preço da moeda americana recuou 1,6% na semana. A taxa de risco-país marcou 170 pontos, número 1,79% superior à pontuação final de quinta-feira.
Segundo corretores, o mercado de câmbio doméstico acompanhou a desvalorização do dólar já mostrada nas demais praças internacionais: ontem, o euro atingiu a cotação recorde de US$ 1,41, pouco tempo depois de ter quebrado a marca simbólica de US$ 1,40.
Entre outras notícias, o saldo da conta de transações correntes do Brasil ficou positiva em US$ 1,354 bilhão em agosto, acima do estimado pelo Banco Central.
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