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O varejo brasileiro se prepara para uma pisada no freio ao longo dos próximos meses, após um ano em que ocupou posição de destaque na economia doméstica. O cenário de menor disponibilidade de crédito e esperado aumento da taxa de juro revela, neste início de 2011, que o consumidor já se prepara para financiar menos e, portanto, reduzir as compras de produtos de maior valor.

Nesse cenário, analistas apostam que empresas de alimentos, vestuário e cosméticos serão as mais beneficiadas pelo consumo. "Empresas que atuam com bens de maior valor agregado serão as mais prejudicadas porque dependem de financiamento. O varejo de vestuário e os supermercados não devem ser impactados", prevê o analista Cauê Pinheiro, da corretora SLW. O analista do BB Investimentos Mário Bernar­des concorda e cita também como viés positivo os setores de perfumaria e cosméticos. "Vejo cenário muito bom para produtos de tíquete mais baixo. Já o setor que mais vai sofrer é o de eletroeletrônicos", afirma.

Para este ano, as apostas de analistas que acompanham varejistas na bolsa se voltam sobretudo para ações de empresas de vestuário, cosméticos e calçados. Embora acumule queda de 6,3% no ano, Lojas Renner figura entre as preferências dos profissionais, que recomendam manutenção dos papéis da empresa. "Renner subiu muito no ano passado e voltou a subir em fevereiro", afirma Bernardes, do BB Investimentos, ponderando que a queda reflete mero ajuste de preço.

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