
A crise econômica derrubou a atividade econômica brasileira em 2015 e afetou fortemente o pagamento de impostos pelas empresas e pessoas físicas. No ano passado, o total arrecadado pela Receita Federal caiu 5,62%, já descontada a inflação. O montante arrecadado chegou a R$ 1,22 trilhão, o pior desempenho anual desde 2010.
“Tivemos um desempenho da arrecadação fortemente impactado pela atividade econômica em 2015. A empresas tiveram dificuldades, são poucos os setores que não tiveram desempenho negativo”, afirmou o chefe de Estudos Tributários da Receita, Claudemir Malaquias.
O economista-chefe da Parallaxis Consultoria, Rafael Leão, avaliou que o quadro de recessão ainda segue limitando o avanço na arrecadação. “É consequência de todo o ajuste ortodoxo econômico que vem acontecendo”, afirma o economista, que não vê melhora substancial no aumento das receitas ao longo de 2016.
A queda na arrecadação em 2015 atingiu grande parte dos tributos no ano passado, principalmente os relacionados à atividade econômica e ao mercado de trabalho. Com as empresas em crise, o pagamento do Imposto de Renda Pessoa jurídica e da Contribuição sobre o Lucro Líquido caiu 13,82% (R$ 183,5 bilhões). O mercado de trabalho em retração derrubou a receita previdenciária em 6,59%. Também houve queda na arrecadação do IPI (16%) e do Cofins/PIS-Pasep (4,9%).



