O presidente da República, Michel Temer, participou nesta quinta-feira (13) do lançamento da tecnologia para a produção do primeiro veículo híbrido flex do mundo em cerimônia no Palácio do Planalto. A montadora japonesa Toyota anunciou que investirá cerca de R$ 1 bilhão em sua unidade no Brasil para o desenvolvimento dos carros, que serão movidos a eletricidade e etanol ou gasolina.
No evento, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, afirmou que a nova tecnologia contribuirá para um ambiente mais limpo e estimulará o conhecimento científico. A Toyota fez parcerias com universidades brasileiras.
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O presidente da Toyota para a América Latina, Steve St. Angelo, ressaltou que o projeto está em linha com o programa Rota 2030, sancionado por Temer na terça feira (13). Entre as medidas aprovadas está a redução de até três pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros híbridos com tecnologia que permita o uso de etanol. Esse tipo de veículo já tinha sido beneficiado recentemente com outra redução de IPI.
A empresa não anunciou qual modelo será produzido com a nova tecnologia, mas o mercado aposta no sedã Corolla, embora a montadora tenha feito localmente diversos testes com um Prius, que é importado e usa apenas gasolina no motor que gera energia.
De acordo com a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), a utilização de biocombustível fará com que as emissões dos veículos elétricos brasileiros sejam um terço menores do que as dos veículos elétricos europeus.
Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), circulam hoje no Brasil cerca de 7 mil carros elétricos e híbridos (usam eletricidade ou gasolina).
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Ainda segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o desenvolvimento da tecnologia se beneficiou de duas políticas lançadas recentemente pelo governo federal, o Renovabio, que prevê um aumento da oferta de biocombustíveis, e o Rota 2030, programa de incentivos para montadoras.
De acordo com o presidente da Toyota, o primeiro protótipo híbrido flex foi anunciado em março deste ano. “A longo prazo, devido ao poder de reabsorção do CO2 no ciclo produtivo da cana-de-açúcar, o respeito pela matriz energética é outro ponto alto do veículo híbrido. Ele não exige infraestrutura e é autossustentável”, disse.
Ele destacou ainda que a integração do híbrido com o flex reduzirá a necessidade de infraestrutura para o abastecimento dos carros.
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