As empresas do setor não-financeiro lucraram bem mais durante os três anos e meio do governo Luiz Inácio Lula da Silva do que no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Um levantamento da consultoria Economática revela que o lucro de 180 empresas de diversos setores (excluídos os bancos) no segundo mandato de FHC chegou a R$ 71,582 bilhões, contra R$ 213,973 bilhões na gestão Lula. Ou seja, houve um crescimento de 198,9%.
Segundo a Economática, a alta de commodities como o minério de ferro e o petróleo no mercado internacional e a queda do dólar impulsionaram os resultados da indústria e fizeram com que o setor ganhasse espaço em relação aos bancos na gestão Lula. "Um dos principais motivos do crescimento da lucratividade das empresas não-financeiras se foca inicialmente no perfil da cotação da moeda americana nos dois períodos analisados. Segundo avaliação da consultoria, no segundo mandato de FHC o dólar teve uma valorização de 192,3% o que acabou destruindo o lucro das empresas devido ao alto nível de endividamento em moeda estrangeira que elas detêm. Já durante o governo Lula, o dólar teve uma desvalorização de 38,7% até 30 de junho de 2006, permitindo que as empresas obtivessem ganhos financeiros devido à redução das suas dívidas atreladas à moeda estrangeira.
Excluindo a Petrobras do cálculo, no segundo mandato de FHC as 179 empresas não-financeiras analisadas acumularam lucro de R$ 29,2 bilhões, contra R$ 136,5 bilhões da gestão Lula, o que mostra um avanço de 366%. Já o setor bancário no segundo mandato do governo FHC obteve lucro de R$ 31,9 bilhões. No governo Lula os ganhos do setor aumentaram 80%, para R$ 57,6 bilhões.
Tiveram queda nos lucros entre os anos FHC e Lula apenas três setores: eletroeletrônicos (de R$ 246 milhões para R$ 96 milhões), minerais não-metálicos (de R$ 299 milhões para R$ 124 milhões) e veículos e peças (de R$ 4,950 bilhões para R$ 4,187 bilhões).
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