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Bolsa leiloa crédito de carbono

São Paulo – A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) realizou ontem o primeiro leilão de crédito de carbono no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) instituído pelo Protocolo de Kyoto. Segundo o protocolo, países desenvolvidos têm condições de comprar crédito de carbono gerado por países em desenvolvimento.

O banco holandês Fortis Bank NV/SA foi o vencedor do leilão, pois pagou 16,20 euros por tonelada de carbono equivalente. Como foram negociados 808.405 créditos de carbono da Prefeitura de São Paulo, a instituição financeira pagou montante próximo a R$ 34 milhões.

Esse crédito de carbono foi arrecadado pela Prefeitura de São Paulo através do controle do gás metano que deixou de ser lançado na atmosfera pelo Aterro Sanitário Bandeirantes, através de um sistema de captação.

São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está chegando perto dos 60 mil pontos, marca até agora inédita para o mercado brasileiro. Ontem, a Bovespa bateu o seu terceiro recorde consecutivo, sustentada por um volume de negócios acima da média. A esses níveis, profissionais de mercado apontam que fica cada vez mais próxima uma realização de lucros (venda de papéis muito valorizados). O Ibovespa, indicador que acompanha as ações mais negociadas, finalizou o dia em alta de 1,46%, no nível histórico dos 59.715 pontos.

Uma boa parte desse fluxo se concentra na ação preferencial da Vale do Rio Doce, que somente ontem movimentou mais de R$ 660 milhões, valorizando 1,76%. "O mercado anda especulando com a possibilidade de um reajuste ainda maior do preço [internacional] do minério de ferro, por causa da demanda chinesa", comenta Expedito Araújo, operador da corretora Alpes.

Corretores destacam que as Bolsas de Valores, incluindo a Bovespa, continuam sob a influência positiva da redução dos juros básicos nos EUA, promovida pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para tentar evitar uma recessão na maior economia do planeta.

Economistas de bancos e corretoras já começam a formar apostas de que o Fed vai voltar a cortar os juros em sua próxima reunião, no final de outubro, provavelmente, em 0,25 ponto porcentual.

No Brasil, analistas também comentam que o Comitê de Política Monetária (Copom) também teria espaço para uma nova redução da taxa Selic, da ordem de 0,25 ponto porcentual. Uma combinação de fatores abriria a nova janela de oportunidade: o recuo do dólar e um melhor desempenho dos indicadores de preços.

Ontem, a moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 1,848 para venda, com queda de 0,69%. Trata-se da menor cotação desde o dia 23 de julho. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,970 (venda), com retração de 0,50%.

Profissionais de mercado destacam que a proximidade do final de mês tem acentuado o que se costuma chamar de "disputa pela Ptax". A Ptax é a taxa média de câmbio, calculada diariamente pelo Banco Central. Este preço "oficial" da moeda americana baliza a liquidação financeira de uma série de contratos negociados no mercado financeiro, como o chamado "dólar futuro" (Bolsa de Mercadorias & Futuros), que usualmente vencem no último dia útil do mês, e os swaps cambiais negociados pelo BC.

Com a proximidade da Ptax, investidores que aplicaram recursos nesses contratos costumam entrar no mercado à vista para influenciar os negócios com a moeda americana, e por consequência, a formação da Ptax – conforme o interesse num dólar mais barato ou mais caro.

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