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Funcionária da Asus mostra um notebook feito de bambu, em feira nos Estados Unidos: inovação | Kimberly White/Reuters
Funcionária da Asus mostra um notebook feito de bambu, em feira nos Estados Unidos: inovação| Foto: Kimberly White/Reuters
  • O que vem de lá

O mercado de computadores ultraportáteis (também conhecidos por subnotebooks ou netbooks) deve continuar em ascensão mundial – e a tendência é saudada com entusiasmo em Taiwan. Algumas empresas responsáveis pelo desenvolvimento dos equipamentos são de lá. A Via Technologies é a principal fornecedora mundial de processadores x86 de baixo consumo de energia, essenciais para o desenvolvimento dos ultraportáteis.

O gerente internacional de marketing da empresa, Gaynor de Wit, explica que o desenvolvimento dos chips foi fruto do trabalho de nove anos da equipe americana de engenharia e design sediada em Austin, Texas. "O desafio dos técnicos foi aumentar a eficiência térmica para reduzir o calor dissipado e fazer com que a eficiência do processador seja a mesma, mas em uma fração do tamanho."

Os processadores da marca estão disponíveis em velocidades de 1.0 a 1.6GHz e consumo máximo de 3,5 watts e de apenas 0,1 watt quando ocioso. "Com isso garantimos uma vida útil inigualável para a bateria em um formato de 21mm x 21mm, que possibilita a redução drástica no peso, tamanho e espessura do computador", diz. Os subnotebooks disponíveis no mercado têm peso próximo a um quilograma.

Wit afirma que os componentes fornecidos pela Via atendem tanto o mercado de ultraportáteis quanto o de notebooks tradicionais e computadores de mesa. Mas com o sucesso dos subnotebooks no mercado mundial as empresas que mais compram os processadores Via são justamente as que já lançaram suas versões ultraportáteis. "As marcas mais populares que usam hardware Via nos modelos atualmente disponíveis incluem HP, WYSE, Samsung, Everex e Asus", observa.

A última marca citada pelo executivo da Via também tem sede em Taiwan. A Asus foi a primeira empresa a colocar no mercado um subnotebook – o Eee PC, que em princípio tinha a pretensão de ser um computador portátil para ser usado por estudantes, nas salas de aula. Os modelos viraram mania mundial. Não à toa, em 2007 a Asus foi apontada como a marca mais valiosa na ilha, com valor estimado em US$ 1,2 bilhão. A empresa foi fundada em 1989 por quatro antigos engenheiros da Acer. Além dos subnotebooks, a Asus fabrica placas-mãe, PDAs, computadores de mesa e celulares.

Outra empresa taiwanesa que vem se expandindo para o mercado de portáteis é a ECS Elitegroup, que é reconhecida como uma das principais produtoras de placas-mãe do mundo. Segundo Ray Lin, vice presidente de vendas da empresa, o foco não é só fornecer placas-mãe, mas também outros dispositivos, como placas gráficas. "Estamos fortemente empenhados em desenvolver tecnologia de ponta, a fim de gerar maior valor para o produto."

Produção local

Segundo informações do Escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil (EECT), dos parques industriais de Taiwan saem 9 entre 10 computadores portáteis vendidos no mundo. Isso porque grandes marcas como HP, Dell, Acer e Apple transferiram até 100% de sua produção de notebooks para Taiwan.

O investimento no mercado de portáteis é uma tendência no comportamento do consumidor nos últimos anos. Em setembro o International Data Corporation (IDC), divulgou pesquisa mostrando que o mercado de PCs tem suas vendas impulsionadas pelos portáteis ou mininotes. Segundo as pesquisas da entidade, as vendas mundiais de PCs devem crescer 15,7% em 2008. No Brasil, foram vendidos 3,1 milhões de PCs no 2º trimestre deste ano.

Neste contexto, as vendas de portáteis devem chegar a 148 milhões de unidades em 2008 e devem dobrar até 2012. Como reúnem a vantagem do baixo custo de aquisição e o consumo reduzido de energia, o crescimento das vendas de mininotes ajudará a engordar as estatísticas de vendas de portáteis. "Não é segredo que o crescimento das vendas de notebooks é maior que a dos desktops. Em um ou dois anos, não tenho dúvidas de que o total de vendas de notebooks vai superar o dos desktops. Os consumidores estão procurando computadores menores com desempenho suficiente não só para aplicações que utilizam no cotidiano, mas também para suas necessidades de entretenimento," diz o executivo da Via Gaynor de Wit.

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