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Agência do Itaú Unibanco no calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba | Antônio More/ Gazeta do Povo
Agência do Itaú Unibanco no calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Outro lado

Bancos privados cortaram 7 mil vagas desde o início do ano

Agência Estado

Os bancos privados que atuam no Brasil fecharam 6.977 postos de trabalho de janeiro a setembro deste ano, enquanto somente a Caixa Econômica Federal contratou 3.982 trabalhadores no período. Os dados constam da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada ontem pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). O estudo, feito em parceria com o Dieese, tem como base os dados do Caged, do Ministério do Trabalho.

De acordo com números do Caged, os bancos brasileiros contrataram 30.417 bancários no acumulado do ano até setembro e desligaram 33.177 trabalhadores no período. Com as contratações da Caixa, e como o Banco do Brasil e demais bancos mantiveram quadros, "fica evidente que os cortes nos postos de trabalho se concentraram mais uma vez nos bancos privados", destaca a Contraf-CUT.

A pesquisa da Contraf-CUT aponta ainda que o salário médio dos admitidos pelos bancos entre janeiro e setembro foi de R$ 2.914,63, contra R$ 4.594,83 dos desligados. Para a entidade, isso ajuda a explicar porque os bancos acabaram aceitando o pedido de reajuste salarial de 18,3% da categoria neste ano.

O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, superou as expectativas do mercado com lucro líquido recorrente de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre – quase 18% mais que de julho a setembro de 2012 –, colhendo os frutos do seu conservadorismo na concessão de crédito e da busca por maiores ganhos com serviços.

A seletividade no crédito, com foco maior em segmentos como o imobiliário e o consignado, ajudou o banco a reduzir a inadimplência no terceiro trimestre, com índice acima de 90 dias de 3,9% – um recuo ante os 4,2% do trimestre anterior e os 5,1% do período de julho a setembro de 2012.

Com isso, as despesas com provisões para devedores duvidosos recuaram 25,9%, passando de R$ 6,12 bilhões para R$ 4,54 bilhões no período. O Retorno Sobre Patrimônio Líquido anualizado (ROE), medida de rentabilidade para bancos, foi de 20,8%, ante 17,5% no mesmo intervalo de 2012.

Em teleconferência com jornalistas, o diretor corporativo de Controladoria do Itaú Unibanco, Rogério Calderón, informou que o foco em setores de menor risco será mantido por um "grande período". Assim, linhas considerados menos arriscadas, como as destinadas à compra de imóveis e com desconto em folha devem seguir crescendo mais rápido que a média. Com isso, a inadimplência deve continuar a cair, afirmou o executivo.

Por outro lado, as receitas de prestação de serviços – que incluem também as tarifas cobradas pela instituição – somaram R$ 5,59 bilhões no terceiro trimestre, avanço de 28,9% sobre os R$ 4,3 bilhões de um ano antes. O resultado do Itaú foi o melhor entre os privados divulgados até agora (Bradesco e Santander).

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