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Com planos ousados, Azul vislumbra fase de crescimento

Companhia aérea vai transportar passageiros para o exterior e mais 20 cidades brasileiras. Nesse meio tempo, espera estrear em Congonhas

Empresa planeja ampliar sua frota com os recursos do subsídio federal previstos no plano de aviação regional, adquirindo mais 31 aeronaves e chegando a 169 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Empresa planeja ampliar sua frota com os recursos do subsídio federal previstos no plano de aviação regional, adquirindo mais 31 aeronaves e chegando a 169 (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Mesmo com a economia brasileira em recessão técnica, o empresário David Neeleman, fundador da Azul, vislumbra uma fase de crescimento expressivo para sua companhia aérea. O otimismo de Neeleman se explica por uma série de oportunidades que estão se abrindo para a Azul.

A empresa vai começar a fazer voos internacionais, quer voar para pelo menos 20 novas cidades no país e ainda espera estrear no disputado Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Se tudo sair do papel – o que depende de o governo aprovar novas regras de ocupação em Congonhas e do lançamento de um plano de estímulo à aviação regional, que prevê o subsídio de voos com recursos públicos –, a empresa pode ampliar em 31 aeronaves sua frota atual, de 138 unidades.

No setor, no entanto, há ressalvas quanto aos planos ambiciosos da Azul. Para boa parte do mercado, tanto o plano da aviação regional quanto as mudanças no aeroporto mais rentável do país foram pensados sob medida para beneficiar a companhia.

"Os slots [horários de pouso ou decolagem] em Congonhas não são da Gol ou da TAM. São do governo brasileiro. O governo tem o direito de dar os slots para quem quiser. Se eles querem dar para a gente, não vejo problema nisso", reage o empresário, de 54 anos.

Mercado

Para Neeleman, os mercados de aviação regional e internacional devem ser maiores do que são hoje. "Mesmo quando a economia brasileira não está crescendo tanto, como agora, muito mais pessoas viajariam para fora do Brasil se existisse uma tarifa menor e mais conveniência para viajar". Segundo ele, a Azul pode oferecer preços mais baixos e mais conveniência, principalmente para quem mora no interior.

"Com o plano de aviação regional, podemos comprar 20 novos aviões da Embraer [com cerca de 120 lugares] para colocar hoje em cidades para onde já voamos com ATRs [avião turboélice com 70 lugares]. O jato tem uma economia de escala bem melhor que o turboélice e poderemos reduzir nossos preços em 25% nessas rotas e levar os ATRs para novas cidades."

Neeleman diz não ter uma estimativa de quanto a Azul receberá de subsídio do governo, mas diz que a maior parte do dinheiro irá para os novos voos da companhia. "Esse dinheiro vem da privatização dos aeroportos. Isso vai gerar 25 anos de recursos da ordem de R$ 3 bilhões e faz sentido usar parte disso para fazer infraestrutura aeroportuária e parte para dar uma ajuda de custo de combustível às empresas."

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