Pelas beiradas
Criada em 2008, a Azul montou sua base operacional no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Com jatos da Embraer, lançou voos em cidades menores do que as operadas por TAM e Gol. Com a compra da Trip, em 2012, a Azul se tornou líder no mercado regional. Atualmente, a fatia de mercado da empresa é de 16%.
Mesmo com a economia brasileira em recessão técnica, o empresário David Neeleman, fundador da Azul, vislumbra uma fase de crescimento expressivo para sua companhia aérea. O otimismo de Neeleman se explica por uma série de oportunidades que estão se abrindo para a Azul.
A empresa vai começar a fazer voos internacionais, quer voar para pelo menos 20 novas cidades no país e ainda espera estrear no disputado Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Se tudo sair do papel o que depende de o governo aprovar novas regras de ocupação em Congonhas e do lançamento de um plano de estímulo à aviação regional, que prevê o subsídio de voos com recursos públicos , a empresa pode ampliar em 31 aeronaves sua frota atual, de 138 unidades.
No setor, no entanto, há ressalvas quanto aos planos ambiciosos da Azul. Para boa parte do mercado, tanto o plano da aviação regional quanto as mudanças no aeroporto mais rentável do país foram pensados sob medida para beneficiar a companhia.
"Os slots [horários de pouso ou decolagem] em Congonhas não são da Gol ou da TAM. São do governo brasileiro. O governo tem o direito de dar os slots para quem quiser. Se eles querem dar para a gente, não vejo problema nisso", reage o empresário, de 54 anos.
Mercado
Para Neeleman, os mercados de aviação regional e internacional devem ser maiores do que são hoje. "Mesmo quando a economia brasileira não está crescendo tanto, como agora, muito mais pessoas viajariam para fora do Brasil se existisse uma tarifa menor e mais conveniência para viajar". Segundo ele, a Azul pode oferecer preços mais baixos e mais conveniência, principalmente para quem mora no interior.
"Com o plano de aviação regional, podemos comprar 20 novos aviões da Embraer [com cerca de 120 lugares] para colocar hoje em cidades para onde já voamos com ATRs [avião turboélice com 70 lugares]. O jato tem uma economia de escala bem melhor que o turboélice e poderemos reduzir nossos preços em 25% nessas rotas e levar os ATRs para novas cidades."
Neeleman diz não ter uma estimativa de quanto a Azul receberá de subsídio do governo, mas diz que a maior parte do dinheiro irá para os novos voos da companhia. "Esse dinheiro vem da privatização dos aeroportos. Isso vai gerar 25 anos de recursos da ordem de R$ 3 bilhões e faz sentido usar parte disso para fazer infraestrutura aeroportuária e parte para dar uma ajuda de custo de combustível às empresas."
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