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O dólar caiu mais de 1 por cento frente ao real no primeiro dia útil de 2010, refletindo a valorização global de ativos ligados a risco em uma sessão com volume de negócios abaixo da média.

A moeda norte-americana recuou 1,26 por cento, para R$ 1,721. No fechamento do mercado local, o dólar recuava 0,5 por cento ante uma cesta com as principais moedas, o índice Reuters-Jefferies de commodities avançava quase 2 por cento e o Ibovespa subia 1,8 por cento.

O volume, porém, ficou abaixo da média. De acordo com dados da câmara de compensação (clearing) da BM&FBovespa -que registra boa parte das operações com dólar à vista, mas deixa de fora os leilões do Banco Central -, o giro era de pouco mais de 1 bilhão de dólares a meia hora do fechamento, abaixo dos 2,5 bilhões de dólares da média diária de dezembro.

"Foi um dia fraco de movimento", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença. "O mercado está só se ajustando ao bom humor (no cenário externo)."

Entre as notícias positivas do dia esteve o desempenho do setor manufatureiro, que alcançou o maior nível em 44 meses de acordo com um índice global divulgado pelo JPMorgan.

Nos Estados Unidos, segundo o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês), a atividade manufatureira cresceu no maior ritmo desde 2006. A China também animou investidores, com a expansão do setor manufatureiro no maior ritmo desde abril de 2004.

A pauta desta sessão, no entanto, foi fraca em relação ao previsto no restante da semana. Investidores aguardam com mais ansiedade dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, para medir a velocidade da retomada do país.

Em meio ao ambiente positivo no mercado, a expectativa sobre a atuação do governo por meio do Fundo Soberano não exerceu pressão de alta sobre o dólar nesta sessão. Na semana passada, o Tesouro admitiu que os recursos do fundo poderão ser usados para a compra de dólares.

"Realmente vai criar uma incerteza, vai tirar um pouco de venda especulativa. (Mas) ninguém vai sair tomando dólar antecipadamente, até porque isso (o início das compras) pode demorar um pouco", acrescentou Amado.

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