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Após 14 dias completos de greve, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma nova proposta aos bancários em uma reunião realizada na quarta-feira (7). Os banqueiros ofereceram um reajuste salarial de 6% e, embora os trabalhadores reivindiquem um aumento de 10%, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgou uma nota na qual orienta os sindicatos regionais a aprovar a proposta e encerrar a paralisação. Em Curitiba e região, a nova proposta será analisada em um assembleia dos trabalhadores agendada para as 19 horas desta quinta-feira (8).

O reajuste de 6% oferecido pelos bancos garante um aumento real de 1,5% aos trabalhadores. Na rodada de negociação anterior, a Fenaban havia proposto uma elevação salarial de 4,5%, equivalente à inflação do último ano, que foi rejeitada pelos empregados. A nova proposta prevê ainda uma maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR) das empresas; ampliação da licença-maternidade para 180 dias; isonomia de tratamento para homoafetivos; além da compensação dos dias parados em razão da greve, sem desconto na folha de pagamento.

Em uma reunião à parte, para discutir reivindicações específicas, o Banco do Brasil ofereceu uma nova proposta para o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), valorização de 3% no piso salarial de todos os níveis e contratação de 10 mil novos funcionários. O comando nacional de greve discute desde as 9 horas desta quinta-feira uma pauta de reivindicações dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal.

Em nota, o Contraf informou que considera que houve avanços em relação à primeira proposta da Fenaban, do dia 17 de setembro. "A orientação é pela aprovação da proposta nas assembleias dos bancários de bancos privados que serão realizadas nesta quinta-feira, 8, pelos sindicatos em todo o país". Sobre a negociação com o Banco do Brasil, a decisão foi a mesma. "O Comando Nacional decidiu orientar pela defesa e aprovação da proposta, por considerar que ela tem avanços em temas importantes para o funcionalismo", diz o texto.

As propostas específicas da Caixa, que devem ser anunciadas até esta tarde, também serão discutidas em assembleias de todo o país ainda nesta quinta-feira. Apesar disso, como ainda não há uma definição sobre valores, o Contraf não fez nenhuma recomendação para os funcionários do banco.

Adesão

Apesar da orientação do Contraf, enquanto a assembleia não é realizada, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região informa que a greve está mantida para esta quinta-feira e que a mobilização em frente às agências segue como nos dias anteriores. Caso a proposta seja aprovada, os trabalhadores devem voltar às atividades já a partir desta sexta-feira (9), segundo o sindicato.

Nesta quinta-feira, pela primeira vez desde o início da greve, o número de agências fechadas em Curitiba e região diminuiu em relação ao dia anterior. Segundo a entidade, 283 unidades estão com o atendimento suspenso nesta manhã, duas a menos que na quarta-feira. Ao todo, 13,5 mil trabalhadores estariam de braços cruzados.

O sindicato afirma que a redução no número de agências fechadas se deve ao fato de o Bradesco ter conseguido na Justiça um interdito proibitório que permitiu a abertura de duas agências que na quarta-feira estavam fechadas por grevistas da Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Paraná (Fetec-PR). O banco já tinha decisão semelhante contra integrantes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

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