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Os preços menores dos combustíveis foram o principal responsável pela desaceleração da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), que passou de 0,70% em maio para 0,23% em junho. O grupo Transportes registrou baixa de preços de 0,73% neste mês, ante a alta de 0,93% no mês anterior, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado dos combustíveis é explicado pela gasolina, que ficou 3,43% mais barata, liderando os principais impactos negativos (-0,15 ponto porcentual). Na sequência aparece o etanol, que passou a custar 16,53% a menos em junho, com impacto de -0,08 ponto porcentual no IPCA-15 de junho. Juntos, os preços dos combustíveis tiveram queda de 4,56% e um impacto de -0,23 ponto porcentual na inflação do mês.

No entanto, as tarifas dos ônibus urbanos subiram 1,30% e as tarifas aéreas tiveram alta de 12,85% no mesmo período. Os dois itens foram os principais impactos positivos no IPCA-15 deste mês, com 0,05 ponto porcentual para cada um. Nas tarifas dos ônibus urbanos, a alta de 1,30% é atribuída a variações em Goiânia (8,44%), Belém (7,03%) e Rio de Janeiro (3,31%), devido a reajustes autorizados.

Demais grupos

A maioria dos grupos que compõem o IPCA-15 mostrou desaceleração na taxa de variação de preços de maio para junho. Registraram altas menores de preços os grupos Alimentação e Bebidas (de 0 54% em maio para 0,11% em junho), Habitação (de 0,93% para 0 72%), Vestuário (de 1,30% para 1,28%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,96% para 0,72%), Despesas Pessoais (de 0,81% para 0,60%) e Educação (de 0,05% para 0,03%). No grupo Vestuário, que teve resultado mais alto, o destaque coube a roupas infantis, que tiveram alta de 1,59% em maio para 1,84% em junho.

Em sentido contrário, o grupo Comunicação registrou aceleração de preços, de 0,09% em maio para 0,14% em junho, enquanto Artigos de Residência saiu de uma queda de 0,28% para uma alta de 0,31%.

Capitais

Três regiões metropolitanas pesquisadas no âmbito do IPCA-15 registraram deflação em junho, segundo o IBGE. Em Goiânia, o índice saiu de uma alta de 1,07% em maio para uma queda de 0,05% em junho. Em Curitiba, a taxa passou de alta de 0,81% para um recuo de 0,02% e, em Brasília, de alta de 0,65% para uma baixa de 0,02%.

Os preços ainda desaceleraram no Rio de Janeiro (de 0,75% para 0 36%), Porto Alegre (de 0,91% para 0,19%), Belo Horizonte (de 0 85% para 0,47%), Recife (de 0,70% para 0,56%), São Paulo (de 0 53% para 0,19%), Fortaleza (de 0,54% para 0,20%) e Salvador (de 0,85% para 0,02%). A maior variação de junho, registrada no Recife (0,56%), é explicada por um aumento nas tarifas de energia elétrica (3,47%). Belém foi a única região metropolitana a registrar aceleração da alta de preços: de 0,36% em maio para 0,50% em junho.

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