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O comércio brasileiro empregou, em 2008, 8,2 milhões de pessoas, distribuídas em 1,43 milhão de empresas de todo o país. Juntos, esses trabalhadores receberam, ao longo do ano, R$ 83,1 bilhões em salários e outros tipos de remuneração. No país, essas empresas ainda geraram receita líquida de R$ 1,45 trilhão. Isso é o que aponta a Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esses números refletem um aumento sobre os dados registrados no último levantamento. Em 2007, havia 7,57 milhões de trabalhadores empregados _8,55% a menos que em 2008_ em 1,33 milhão de empresas _ou seja, 7,47% a menos que no ano seguinte.

Entre os tipos de comércio considerados na pesquisa, o que mais empregou de 2007 para 2008 foi o de veículos, peças e motocicletas. O pessoal ocupado cresceu 12,13%, enquanto o varejo teve alta de 8,38% e o atacado subiu 7,28%. Já a quantidade de empresas que registrou o maior aumento em um ano foi o comércio varejista _alta de 7,77%. O número de empresas de atacado subiu 6,95% e o de veículos, 5,51%.

No atacado

O IBGE indica que, em 2008, do total de empresas, 10,7% eram comerciais atacadistas, totalizando 152,5 mil. Juntas, respondiam por 44,6% da receita operacional líquida (R$ 649,6 bilhões).

Nesse tipo de comércio, em 2008, estavam empregados cerca de 1,415 milhão de trabalhadores _17,2% do total_ que receberam, em salários e outros tipos de pagamento, R$ 22,4 bilhões, o equivalente a 26,9% do total durante 2008. A margem de comercialização atacadista atingiu R$ 108,8 bilhões (37,5% do total).

No varejo

Já o comércio varejista contava com 1,1 milhão de empresas (80% do total), que empregavam, em 31 de dezembro de 2008, 5,984 milhões de pessoas (72,8% do total). O salário pago a esses trabalhadores foi no valor total de R$ 50,7 bilhões, que representava 61,1% do total. A receita operacional líquida foi de R$ 576,8 bilhões (39,6%). A margem de comercialização do varejo atingiu R$ 147,3 bilhões (50,8% do total).

No comércio de veículos

O segmento de veículos, peças e motocicletas registrou, em 2008, 133,6 mil empresas (9,3% do total), que ocupavam 823,4 mil pessoas (10% do total), pagando R$ 10 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações (12% do total) durante 2008. A margem de comercialização somou R$ 33,7 bilhões (11,7% do total). A receita operacional líquida, nesse caso, correspondeu a R$ 229,0 bilhões (15,8% do total).

Quem empregou mais

A pesquisa anual do comércio aponta que as pequenas lojas de varejo, com até 19 funcionários, foram as que mais empregaram no período _62,9% do total de ocupados. Com esse porte, elas também geraram os maiores valores de receita operacional líquida (42%).Já as empresas com 500 pessoas ou mais ocupadas (0,03% do total) empregavam 16,5% dos trabalhadores no segmento. Elas ainda geraram 30,9% da receita.

No atacado, as empresas que empregavam até 19 pessoas (92,8%) foram responsáveis por 37,3% das pessoas ocupadas e 17% da receita operacional líquida. Já as empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas (0,1%) geraram 37,6% da receita e 17,3% do número total de pessoas no segmento.

No comércio de veículos, peças e motocicletas, as empresas com 100 a 249 empregados (0,43% do total) geraram 24,1% da receita e foram responsáveis por 18,4% do valor adicionado e 10,6% das pessoas ocupadas. Porém, as empresas com até 19 pessoas empregadas (96,5%) ocupavam 59,3% das pessoas, tendo gerado 20,6% da receita do segmento.

Quem pagou o maior salário

No atacado, o setor de tecnologia de informação e comunicação pagou os maiores salários em 2008. Esse tipo de atividade empregou 33,7 mil (2,4%) em 2008 e pagou, em média, 7,1 salários em 2008.

Por outro lado, nas empresas de comércio varejista, a revenda de equipamentos de informática e comunicação empregou 186,4 mil (6,8%) trabalhadores em 2008 e pagou 1,6 salário mínimo, em média, em 2008.

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