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Movimento nos shoppings e no comércio de rua não se traduziu em vendas, confirmando as expectativas dos comerciantes. | Henry Milléo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Movimento nos shoppings e no comércio de rua não se traduziu em vendas, confirmando as expectativas dos comerciantes.| Foto: Henry Milléo/Agência de Notícias Gazeta do Povo

As vendas de Natal no comércio de Curitiba caíram 2% e registraram o pior desempenho dos últimos quatro anos, anulando o crescimento de 4% acumulado nesse período.

O dado foi levantado pela pesquisa Associação Comercial do Paraná (ACP)/Datacenso que ouviu 200 comerciantes e 480 consumidores de ambos os sexos, na proporção de 200 que compraram presentes e 280 que se abstiveram da tradição de presentear na data festiva.

Os resultados confirmaram a expectativa generalizada de resultados ruins em consequência da conjuntura econômica. Segundo o economista Cláudio Shimoyama, diretor do Instituto Datacenso e responsável técnico pela pesquisa, a análise da série mensal realizada em 2014 "apresenta sistematicamente índices de crescimento abaixo do esperado e sempre aquém dos resultados apurados o longo de 2013".

Nos últimos quatro anos, segundo Shimoyama, as vendas do comércio da capital "apresentaram um crescimento médio de 5,5% em comparação com o exercício imediatamente anterior".

Em 2014, como era previsto, o comércio sofreu com a instabilidade da economia, fato que interferiu de forma realista no ânimo dos consumidores no último mês do ano.

"De cada grupo de dez curitibanos seis deixaram de comprar presentes, sob a alegação de dificuldade financeira, juros altos, inflação, crédito difícil e endividamento da maior parte dos possíveis compradores", comentou Shimoyama com base nos números da pesquisa ACP/Datacenso, salientando que "este foi o pior desempenho do comércio de Curitiba desde o Natal de 2011".Vendas inferiores

Para 60% dos comerciantes ouvidos, o volume de vendas natalinas de 2014 foi inferior em 2% quando comparado a 2013, cujo resultado do período superou em 4% a temporada de festas de 2012.

Para otimizar as vendas, mais da metade dos estabelecimentos comerciais se valeu de promoções especiais, com destaque para descontos, sorteios e distribuição de brindes. A pesquisa confirmou também o dado anterior de que a contratação de pessoal efetivo seria feita apenas por 17% dos empresários do comércio - 83% preferiram mão de obra temporária.

A estimativa do próprio Datacenso era que o consumidor estava disposto a presentear três pessoas (esposa, filhos e parentes próximos), gastando a média de R$ 97 por presente.

A pesquisa pós-Natal constatou que o gasto por presente foi de R$ 95, totalizando R$ 285 por consumidor. "Em comparação com o igual período de 2013 verificou-se uma queda nominal de 34% no dispêndio com presentes, pois o valor médio por presente daquele ano chegou a R$ 128", explicou Shimoyama.

ItensA maioria dos consumidores pagou as compras em maior escala de roupas e acessórios (56%), brinquedos (34%), perfumes/cosméticos e calçados (16%), além de outros itens em percentuais mais moderados com o cartão de crédito, nas modalidades à vista ou parcelado.

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