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As empresas de comércio, serviço e turismo do Paraná devem elevar seu faturamento em 9% no segundo semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Às vésperas do Natal, isso deve exigir a contratação de 40 mil funcionários – 60% a mais que no ano passado, quando foram contratadas 25 mil pessoas. A estimativa é da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), que ouviu 2 mil empresários entre os meses de maio e junho. Entre janeiro e junho, o setor registrou alta de 6,5% no faturamento, se comparado ao mesmo período de 2006.

O levantamento mostrou ainda que 78,5% dos comerciantes se dizem otimistas com o desempenho nos próximos seis meses, e 42,8% pretende realizar investimentos na empresa nos próximos meses. "O otimismo se dá em função do setor agrícola, principalmente pela demanda e bons preços do milho e pela abertura de vagas de trabalho, que estimula as pessoas a gastarem no comércio", avalia o presidente da Fecomércio, Darci Piana.

A valorização do real e a queda da inflação, segundo ele, "dão ao comércio uma sensação de tranqüilidade que se reflete nos preços e nos prazos de venda".

A pesquisa foi realizada antes do início da crise no mercado financeiro, provocada pelos problemas de crédito habitacional nos Estados Unidos. Segundo Piana, no entanto, o otimismo permanece, porque, na sua opinião, ela já foi contornada e, por isso, não deve afetar o desempenho do comércio no segundo semestre. Segundo o presidente da Fecomércio, o número de "otimistas" seria ainda maior, não fossem as crescentes taxas de inadimplência e os juros altos.

Nas ruas

Ontem, mesmo reclamando da chuva e do frio que afastaram os clientes, os comerciantes do Centro de Curitiba confirmaram o otimismo mostrado na pesquisa. Apesar de ainda ter roupas de inverno estocadas, o proprietário da loja Mundo da Moda, Mohamad Ataya, conta com a visita de turistas, promoções e novidades para alcançar um desempenho melhor do que no primeiro semestre, quando já vendeu 30% mais em relação ao ano passado. "Mas o setor depende do clima."

A empresária Maria Helena Dionísio aguarda com ansiedade a aproximação do Natal, que representa cerca de 30% das suas vendas do ano. "Contrataria um funcionário se tivesse espaço", conta a comerciante de acessórios de cozinha, que ocupa um pequeno quiosque na Galeria Suissa.

Com o fechamento de grandes negócios no primeiros semestre, a empresa de tecnologia da informação Premier está otimista com o restante do ano e espera fechar 2007 com crescimento de 30% em relação a 2006. "No curto prazo, a crise do mercado financeiro não deve nos afetar. Se houver conseqüências que afetem todo mundo, imagino que seria no médio e longo prazo", diz o diretor da Premier, Jorge Biesczad Junior.

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