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O calote nas compras a prazo no varejo disparou em maio o que levou a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) a recomendar uma restrição na concessão de crédito aos consumidores. De acordo com a entidade, a inadimplência subiu 8 21% no mês passado em relação ao verificado em maio de 2010. "A situação é preocupante porque já são quatro meses de aumento na inadimplência. A única coisa pior que não vender, é vender e não receber", afirmou o presidente da confederação, Roque Pellizzaro.

Mesmo com ligeira queda de 0,27% no mês em relação a abril, o número de registros junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) acumula expansão de 3,61% em 2011 na comparação com os cinco primeiros meses de 2010. "A inadimplência continua com viés de alta, e a luz amarela que já estava acesa, passou a ser laranja. Vamos retomar comunicado para empresas associadas serem mais criteriosas na concessão de credito", disse Pellizzaro.

Para o executivo, a ação dos lojistas deve complementar as medidas tomadas pelo governo para evitar a formação de uma bolha no crédito. Desde o fim do ano passado, o Banco Central e o Ministério da Fazenda têm tomado iniciativas para encarecer e reduzir a velocidade da expansão das tomadas de empréstimos, com as chamadas medidas macroprudenciais, além do ciclo de aumento dos juros voltado para o combate à inflação.

"Precisamos que o comércio faça sua parte e auxilie o consumidor. Não é negar crédito, mas limitar endividamento à capacidade de pagamento", disse Pellizzaro. Segundo ele, a entrada de milhões de consumidores no mercado a prazo nos últimos anos também exige maior esforço na educação financeira desses novos clientes.

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