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As vendas dos supermercados caíram 12,42% em outubro, em relação ao mês anterior. A queda influenciou o resultado do comércio varejista paranaense, que está perdendo receita há quatro meses consecutivos, e em outubro recuou 3,72%. No mesmo mês, o comércio brasileiro vendeu 3,74% a mais que em setembro, segundo a média apurada pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o 23.º mês seguido de expansão.

O resultado negativo do comércio paranaense está ligado a setores sensíveis à queda da renda da população. Além de supermercados, aparecem nessa lista combustíveis e lubrificantes (-3,4%), veículos (-7,11%) e vestuário e calçados (-1,18%). Segundo o economista Reinaldo Silva Pereira, do IBGE, a retração no volume de vendas, assim como no Rio Grande do Sul, ainda é conseqüência da quebra da safra de grãos e da redução de preços do milho e soja.

Segundo Pereira, o consumidor está chegando no limite máximo de endividamento e a expansão da renda perde fôlego. Na comparação com outubro do ano passado, o rendimento médio real do trabalhador passou de uma expansão de 3,7% em agosto para 2% em setembro e chegou a 1,8% em outubro, conforme Pesquisa Mensal do Emprego.

Por sua vez, o crédito continuou sustentando as vendas na comparação com outubro de 2004. O setor de móveis e eletrodomésticos foi o que apresentou o maior peso em termos de venda, com expansão de 11,23%, acompanhando a média nacional. A segunda maior influência veio de artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui diversos produtos como brinquedos e lojas de departamento, com alta de 16,79%.

Para o assessor econômico da Federação do Comércio do Paraná, Vamberto Santana, o comércio vem padecendo com a taxa básica de juros alta e a redução da renda em função da quebra da safra.

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