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As vendas do comércio varejista brasileiro cresceram pelo sexto mês seguido em junho e registraram o melhor primeiro semestre da série histórica, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

O dado reforça a visão de que a demanda interna está aquecida, segundo analistas, e dá suporte à expectativa de que o Banco Central irá diminuir o ritmo da flexibilização monetária já em setembro.

As vendas subiram 0,4 por cento ante maio e 11,8 por cento na comparação com junho do ano passado, acumulando no primeiro semestre avanço de 9,9 por cento sobre igual período de 2006 - melhor leitura da série histórica iniciada em 2001.

"O resultado do comércio foi forte. Além de forte... acelerando", disse Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin.

"O ritmo da demanda está confirmando a visão do Banco Central, de que ela é robusta e merece atenção e isto levanta dúvidas sobre a evolução da política monetária. Creio que teremos uma queda da Selic de 0,25 ponto em setembro."

O IBGE acrescentou que em junho, todas as atividades do varejo tiveram alta na comparação com o ano passado.

Os destaques foram Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,5 por cento), Móveis e eletrodomésticos (16,2 por cento) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (28,9 por cento).

"O desempenho de Hipermercados refletiu o crescimento do poder de compra da população, devido, principalmente, ao aumento da massa real de salário da economia, além do aquecimento da demanda por produtos importados, que vêm tendo os preços reduzidos por causa da valorização do real", afirmou o instituto em nota.

No primeiro semestre, esse setor acumulou crescimento de vendas de 7 por cento.

A receita nominal do comércio varejista subiu 0,8 por cento em junho ante maio e 14,3 por cento sobre igual mês de 2006. No ano, a receita tem alta de 10,6 por cento.

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