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Ziyu Liu é uma jovem chinesa de 24 anos, formada em e-commerce e mestranda em engenharia de sistemas na universidade de Pequim. Há seis meses ela está em Curitiba, como trainee na fabricante de eletrodomésticos Electrolux, onde acompanha negociações com a China. Aqui ela ganhou mais que o apelido de Larissa – que ela também prefere, para não ter o nome pronunciado incorretamente. Está ganhando experiência profissional internacional, graças a um programa de intercâmbio da Aiesec, organização mundial de estudantes interessada, sobretudo, em formar jovens líderes.

Assim como a chinesa Liu (ou Larissa), o engenheiro brasileiro Eduardo Rosestein deixou o Brasil rumo à Bélgica, como intercambista da PricewaterhouseCoopers, e conseguiu um emprego na unidade da empresa em Nova Iorque. A trajetória de sucesso para quem tem apenas 26 anos foi marcada por um lema da Aiesec: "It’s up to you", ou seja, seu futuro só depende de você.

Liu e Rosestein podem, de certa forma, ser chamados de líderes. Mas o que confere a esses jovens essa característica?

"Uma pessoa é líder se busca excelência em tudo que faz e inspira outras para o sucesso, desenvolvendo competências entre os liderados. Ela tem perseverança, auto-conhecimento e confiança", descreve o diretor de comunicação da Aiesec em Curitiba, Darwin Grein.

"O líder deve ter acima de tudo uma grande capacidade de auto-motivação para que consiga motivar seus liderados, ‘seduzi-los’ a seguir suas idéias e remar na mesma direção. Assim, poderá ser assertivo e incisivo sem ser autoritário", diz a presidente do Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial do Paraná (Conjovem), Adriane Curi.

Na prática, são pessoas que não se contentam com circunstâncias negativas no mercado de trabalho por comodismo. Foi o caso do administrador Marcelo Alves, 32 anos. Depois de se ver absolutamente estressado no tão sonhado emprego como executivo numa multinacional, aos 26 anos, resolveu largar tudo para montar a própria empresa, a Overstress, que implanta programas de qualidade de vida em organizações. "Deu um frio na barriga... A família e os amigos me taxaram de louco."

Foram três anos lutando para obter o retorno do investimento, mas hoje ele ganha mais do que como executivo. Já atendeu a 22 clientes em Curitiba e abriu filiais em São Paulo, no Rio de Janeiro e até o fim do ano espera chegar a Vitória.

Histórias de sucesso como essa são freqüentes nas palestras e reuniões da Câmara Americana de Comércio (Amcham), das quais Marcelo Alves participa, e nos encontros do Conjovem, da ACP. Aliás, participar dessas organizações também é característica comum entre os chamados jovens líderes.

Marcelo Schneider, gerente regional da Amcham, conta que o programa de trainees da câmara funciona como um "treinador" de jovens funcionários que logo irão para outras empresas. Todos os anos são elaboradas relações de futuros grandes profissionais. "São jovens que aprendem não só a vender produtos, mas a vender seu próprio trabalho", conta.

O Conjovem, da ACP, reúne empresários, empreendedores, executivos e estudantes com o objetivo declarado de formar as novas lideranças do estado. A idéia ali é fazer contatos, trocar experiências e realizar negócios. A presidente Adriane Curi resume a idéia do Conselho: "Não ensinamos a montar o negócio. Incentivamos a mentalidade do sucesso."

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