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Compare no infográfico como eram e como ficaram as taxas de juros das linhas de crédito |
Compare no infográfico como eram e como ficaram as taxas de juros das linhas de crédito| Foto:

Competição

Semana tem novidades em taxas e horário estendido

Desde o início desta semana estão em vigor as novas taxas de juros anunciadas pelo Itaú e Bradesco e também as novas reduções promovidas pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil em algumas linhas de crédito. A Caixa também está com novo horário de atendimento. De ontem até 11 de maio as agências abrem uma hora mais cedo, a partir das 9h, para atender clientes em busca de informações sobre o programa de redução das taxas. No dia 12 de maio (sábado), a Caixa estará aberta para atender aos clientes que não conseguem comparecer ao banco para esclarecer suas as dúvidas durante a semana.

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Pesquisa

Cadê a moedinha que estava aqui?

O porquinho comeu uma em cada quatro moedas de real emitidas desde 1994. Uma pesquisa do Banco Central mostra que 27% do dinheiro brasileiro em metal está parado: há 5,134 bilhões de moedas fora de circulação. Isso quer dizer que brasileiros têm R$ 508,3 milhões depositados em cofrinhos, esquecidos no fundo das gavetas ou perdidos entre as almofadas do sofá. "Os números são impressionantes", diz o diretor de Administração do BC, Altamir Lopes. Se o BC quisesse emitir novamente os mais de 5 bilhões de moedas que deixaram de circular, o Brasil teria de gastar R$ 1,1 bilhão para produzi-las. "O custo é pago pela sociedade", disse. Lopes explica que 5% de todas as moedas produzidas saem de circulação porque estacionam depositadas em porquinhos ou simplesmente porque foram esquecidas. Nos EUA, a taxa do "entesouramento" das moedas é parecido. No México, chega a 10%. Apesar disso, Altamir não quis comprar briga com os porquinhos. "O cofrinho é um instrumento importantíssimo para educação fi­nan­ceira, mas também é importante que os pais passem o dinheiro para o banco de tempos em tempos", sugere.

Diante das sucessivas reduções nas taxas de juros anunciadas pelos bancos públicos e privados, são cada vez mais comuns os casos de consumidores indecisos e cheios de dúvidas sobre como se beneficiar das reduções para renegociar dívidas. Para especialistas, a saída é evitar a precipitação em mudar de banco e comparar não só as novas taxas, mas também as tarifas e os custos que podem acompanhar a transferência de algumas operações para outra instituição.

Transferir uma dívida de um banco para outro levando em conta somente as taxas de juros nem sempre é vantajoso, explica Miguel Ribeiro de Oliveira, da Associação Nacional dos Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Se­gun­do ele, isso geralmente ocorre nas operações de crédito em que o bem está alienado até a quitação total do valor – caso do financiamento de automóveis e imóveis. "A mudança da dívida é acompanhada por taxas de transferência que podem não compensar para o consumidor", diz.

Por outro lado, quando se trata da transferência de um empréstimo ou financiamento que não tem nenhum bem alienado como garantia, a portabilidade dos serviços bancários pode trazer benefícios. Nesse caso não existem taxas de transferência, mas é preciso avaliar até que ponto a mudança de banco pode, de fato, ser vantajosa.

Para José Guilherme Viei­ra, professor da Universi­dade Federal do Paraná (UFPR) e das Faculdades Santa Cruz, em muitos casos os bancos com taxas de juros mais baixas exigem a adesão de um pacote para refinanciar a dívida, ou seja, não per­mitem a uma negociação flexível em que o consumidor possa escolher o número de parcelas, por exemplo. "Se o banco permitir a flexibilidade, o ideal é aproveitar a taxa mais barata e refinanciar a dívida no menor número de parcelas possíveis, que caibam no bolso", recomenda.

Vieira explica que na maior parte dos financiamentos os juros maiores estão embutidos nas primeiras parcelas, o que torna impossível amortizar os juros antecipando o pagamento das parcelas finais. "Um parcelamento mais longo terá, inevitavelmente, mais juros atrelados. Nesse caso, a vantagem dos juros menores pode acabar sumindo", explica. Na hora de analisar taxas e tarifas para mudança de banco, uma boa opção é comparar o Custo Efetivo Total (CET) de cada banco, que diz respeito ao valor real dos juros que o consumidor vai pagar, recomenda Vieira.

Relacionamento

Ao transferir dívidas, o cliente também deve estar ciente de que algumas taxas estão condicionadas ao relacionamento, que le­­­va em conta a per­manência do cliente na instituição, seu histórico de inadimplência, suas movimentações como correntista e sua estabilidade financeira. "É direito de cada banco oferecer taxas melhores para quem já tem conta-salário ou recebe benefícios na instituição. Novos clientes precisam construir esse relacionamento e isso pode levar mais tempo do que eles dispõem", diz Oliveira, da Anefac.

Antes de decidir pela portabilidade dos serviços bancários é importante procurar o seu gerente e negociar a troca de uma dívida mais cara por uma mais barata. "Se não houver sucesso, a solução pode ser a mudança para um banco com taxas mais acessíveis", recomenda.

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