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Na última quarta-feira (27) a Gazeta do Povo informou sobre previsão de contração de 2% da economia neste ano, segundo estimativas do Bradesco para o PIB (Produto Interno Bruto). Também o próprio Banco Central, em sua pesquisa Focus, informa uma estimativa de recuo para esse ano de 1,24%. Ou seja, a recessão está aí! Segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), ligado ao Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV), a última recessão brasileira durou seis meses, entre o pico de atividade econômica de julho de 2008 e o vale de janeiro de 2009. Assim, vamos ter que surfar mais uma vez nessa “marolinha”, que é como nossas lideranças de governo costumam chamar as crises e recessões. É claro que a má gestão do dinheiro público e das políticas econômicas tem forte influência no desempenho econômico, e as empresas e seus trabalhadores pagam a conta.

Competitividade: para que te quero?

Falta de infraestrutura, energia cara, mão de obra com baixa qualificação e oriunda de um sistema educacional falido são os ingredientes nefastos que minam a competitividade brasileira. A recessão é apenas a febre alta (ou a convulsão), um sintoma, que é resultado de uma doença que não se combate na raiz. A “Pátria Educadora” (slogan do atual governo) corta pesadamente os investimentos em educação ao invés de apertar contra corrupção e mordomias.

O resultado dessas históricas atitudes brasileiras é mostrado pelo Ranking de Competitividade Mundial divulgado na última quarta-feira (27) pelo Institute for Management Development (IMD – Instituto para o Desenvolvimento da Gestão - www.imd.org). O Brasil atingiu a pior marca nesse ranking, desde que começou a ser avaliado, ficando na 56ª posição entre 61 países avaliados. Conseguimos ficar à frente da Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela, a última colocada. O que temos em comum com esses países? A presença de Argentina e Venezuela nas últimas posições é emblemática e nós parecemos estar correndo para fazer companhia a esses companheiros de luta, arrastando todo povo brasileiro a contragosto, como o copiloto alemão que precipitou um avião cheio de gente, pois tinha desejos suicidas.

Competir e crescer

Alvos tão claramente estabelecidos e perseguidos por países que levam a sério o bem estar de suas empresas e de seu povo como, por exemplo, Estados Unidos, Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá, que ficaram nos cinco primeiros lugares do ranking. Na América latina destacaram-se Chile e México, que ficaram no 35º e 39º lugares, respectivamente. E para não achar que a pesquisa do ranking é leviana, ela levou em consideração cerca de 300 variáveis, distribuídas em quatro pilares (Desempenho da Economia, Eficiência do Governo, Eficiência dos Negócios e Infraestrutura), incluindo dados macroeconômicos concretos de instituições oficiais dos países.

Pontos de destaque
  • Última recessão foi de julho de 2008 a janeiro de 2009 e mais uma vez vamos surfar na “marolinha”.
  • Na 56ª posição do ranking de competitividade mundial, o Brasil amarga a companhia dos últimos colocados, incluindo Argentina e Venezuela.
  • Chile e México estão nos 35º e 39º lugares respectivamente.

Aspiramos legitimamente ao bem comum, ao desenvolvimento e à ordem social, e precisamos nos articular para dar um basta ao crescimento claudicante, e à competitividade pífia a que nosso país é vergonhosamente exposto, e também todos nós como brasileiros. A responsabilidade é nossa!

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