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Imóvel usado

Compra com crédito da CEF fica mais cara para quem ganha até R$ 1.750

Quem ganha até cinco salários mínimos (R$ 1.750) e pretende comprar um imóvel usado pela Caixa Econômica Federal, deve se preparar: financiar a tão esperada casa própria vai ser ainda mais difícil a partir deste mês.

Além do percentual maior de entrada, que já é adotado pelo banco nos novos financiamentos, o Conselho Curador do FGTS aprovou uma outra medida que atinge diretamente a população de baixa renda. Quem ganha até R$ 1.750 não terá mais desconto na hora de financiar o imóvel - o chamado subsídio para as famílias de menor renda.

A medida está prevista pela Resolução 507 e a mudança já está em vigor. Além do financiamento para imóvel usado, também não haverá mais desconto para a compra de material de construção, na linha da Caixa que usa recursos do FGTS.

O fim do desconto, para imóvel usado e compra de material de construção, valerá até dezembro. O valor do desconto varia de acordo com a renda e a região onde fica o imóvel e pode chegava a R$ 14 mil.

O secretário-executivo do Conselho Curador, Paulo Furtado, alega que a suspensão do desconto no financiamento de imóveis usados tem como objetivo estimular o lançamento de novas unidades e reduzir o déficit habitacional.

- A produção de imóveis novos, além de combater o déficit no setor, gera mais empregos e renda - argumenta o secretário-executivo.

Prejuízos

O fim do desconto vai prejudicar principalmente famílias que ganham até R$ 350 por mês. De acordo com simulações feitas pelo matemático e consultor financeiro José Dutra Vieira Sobrinho, famílias que ganham até um mínimo e que antes financiavam R$ 18 mil na Caixa Econômica Federal pagavam uma prestação de R$ 42,61. Com o fim do desconto, o valor máximo passará a R$ 11 mil, com prestação mensal de R$ 87,50 - mais que o dobro na comparação com a quantia financiada pela regra anterior.

Na última sexta-feira, a Caixa já havia anunciado que o percentual de empréstimo baixaria de 90% para 80% do valor dos imóveis usados. Na prática, o mutuário, que antes precisava ter disponível R$ 10 mil como entrada para financiar um imóvel de R$ 100 mil, agora terá que desembolsar R$ 20 mil.

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