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Luis Bueno, da Natura: consumidora da classe C está levando mais produtos | Divulgação
Luis Bueno, da Natura: consumidora da classe C está levando mais produtos| Foto: Divulgação

O aumento da renda nos últimos anos causou uma transformação no consumo. "Aquele que comprava suco em pó, hoje leva suco concentrado. Produtos como laticínios, guloseimas, embutidos e eletrodomésticos ganharam espaço no carrinho de supermercado", diz o presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Pedro Joanir Zonta.

Segundo Zonta, o setor supermercadista – menos dependente de crédito e voltado exclusivamente para o mercado interno – praticamente passou ao largo da crise, com um crescimento acumulado, de janeiro a agosto, de 10,78%. "Teremos um Natal muito bom, com um avanço de 20%, e devemos ter um 2010 ainda melhor", afirma.

A projeção positiva está acelerando os planos de abertura de novas lojas por parte dos supermercados. A rede Condor, presidida por Zonta, inaugura neste mês uma loja no bairro Novo Mundo, fruto de um investimento de R$ 30 milhões. Outras redes, como Angeloni, Muffato e Walmart também têm projetos de expansão.

Para o gerente geral da Natura para a região sul, Luis Bueno, o aumento da renda provocou uma revolução no consumo de produtos de higiene e perfumaria da classe C. "A consumidora cuja cesta de produtos se limitava a dois ou três itens passou a ampliar o mix de compras e a consumir, muitas vezes, mais de uma marca de xampu, mais de uma de condicionador, por exemplo", afirma. Para ele, esse movimento veio para ficar.

O setor de automóveis – que neste ano foi salvo pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – prevê um 2010 bom, apesar da retirada gradual do benefício fiscal. O volume de vendas de automóveis deve crescer até 5% no próximo ano, projeta o diretor geral da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) no Paraná, Luís Antonio Sebben.

Em 2009, a previsão é de um avanço nas vendas de automóveis de 2% a 3%. Com as exportações prejudicadas pelo câmbio, as montadoras vão mais uma vez concentrar suas fichas no mercado interno. "Haverá um esforço para vender mais aqui, o que significa flexibilidade na produção e nas condições de venda", afirma. Além disso, o consumidor contará ainda com o aumento do crédito e uma economia em recuperação. A inspeção veicular ambiental também passa a ser obrigatória a partir de 2010, o que deve reforçar a renovação da frota.

A indústria de eletrodomésticos de linha branca, que hoje se beneficia da redução do IPI, já conta com a prorrogação da vantagem até o fim do ano, o que deve trazer algumas vantagens também para os produtos em estoque que serão vendidos no próximo ano. No embalo da Copa do Mundo, a indústria de eletroeletrônicos também espera mais vendas em 2010, principalmente de televisores.

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