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A safra de verão foi bem, mas o milho de inverno é que se encarregou de elevar as estatísticas da produção de grãos brasileira em 2012/13, mostra o levantamento divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento. A produção recorde, com avanço de 10,82% sobre 2011/12, chegará a pelo menos 184,15 milhões de toneladas de grãos (em 15 culturas), conforme o relatório. Os dados ainda terão quatro ajustes até setembro e, considerando a tendência das revisões, devem chegar a 185 milhões de toneladas, com expansão de 18 milhões de toneladas ou mais 11%.

Esperado para confirmação do aumento na oferta, o relatório de ontem mal tocou nos preços internos, já enfraquecidos. A saca de milho (60 kg) tinha alcançado R$ 18,8 em fevereiro em Sorriso (MT) e ontem seguiu na faixa de R$ 11, com 40% de desvalorização. No Paraná, o preço de R$ 19,5/sc, que está 20% abaixo da cotação da época do plantio, repetiu cotações de abril.

O mercado já tinha a informação de que a safra de milho de inverno – que começa a ser colhida neste mês – vai bem e está voltado para as informações sobre o atraso no plantio da safra 2013/14 dos Estados Unidos, disse Paulo Molinari, analista da consultoria Safras & Mercado. "Nos próximos meses, a curva natural é de baixa [nos preços] se o plantio da safra norte americana andar." A semeadura está em 12% no milho e 2% na soja, com atraso de 35 e 10 pontos, respectivamente.

O ajustes na produção brasileira de milho de inverno já somam 5,8 milhões de toneladas ou 15,6% desde outubro, quando saiu o primeiro levantamento desta temporada da Conab. Em relação ao ano anterior, o crescimento é de 10,44% no cereal. Houve intensa expansão do cultivo. O cereal teve área ampliada em 15,6% em um ano, chegando a 8,8 milhões de hectares – 16% da área total que o país dedica aos grãos.

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