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Por ser uma comédia de Lars von Trier, o humor é negro e mais refinado | Divulgação/IFC Films
Por ser uma comédia de Lars von Trier, o humor é negro e mais refinado| Foto: Divulgação/IFC Films

Para o casal Ana Paula e Luiz Malta, ela estudante e ele advogado, o acesso discado foi a saída encontrada para não arcar com os altos custos da banda larga. "O inconveniente do acesso discado é que nos horários em que você está em casa o telefone fica ocupado. O ideal seria contratar uma banda larga, mas mesmo que eu passe três, quatro horas por dia na internet, sai mais barato usar o discado. Acaba sendo supérfluo, o item que você pode cortar", diz Ana Paula.

Para o casal, o ideal seria contratar um pacote de acesso em alta velocidade que, além da conexão em si, incluísse o preço do provedor. Segundo a Lei Geral das Telecomunicações (LGT), uma operadora de telefonia não pode prestar serviços de provimento de acesso (leia-se autenticação de usuário). Assim, ao preço da tecnologia (DSL ou cabo) soma-se o valor do provedor, cujo serviço pode encarecer o pacote em 20% a 50%.

Dial up

O preço do acesso discado no Brasil tem ficado cada vez mais barato, principalmente depois da mudança da cobrança de telefonia fixa (de pulso para minutos).

A concentração dos serviços de banda larga nas mãos de poucas operadoras (Brasil Telecom e GVT, que usam DSL, e Net, cuja tecnologia é a cabo) são, na opinião de Pedro Ripper, presidente da Cisco, um dos motivos para o preço mais salgado dos serviços. Segundo ele, pesquisas indicam que, nos países nos quais a participação do mercado das empresas dominantes é menor, as tarifas são mais competitivas. "Quanto maior a competição, menor o preço. No Brasil, há players com grande market share", diz Ripper.

Ainda segundo o presidente da Cisco, há outros fatores a serem levados em consideração na hora de se pensar em uma política de queda de preços a curto e médio prazos e de universalização do serviço: em primeiro lugar, o governo deveria ter um plano de metas para esse setor; em segundo lugar, a LGT deveria ser "revisitada" para mudar pontos como a obrigação das operadoras de expandir suas áreas de cobertura de serviços de conexão. Se elas cumprissem de fato sua parte, o Brasil poderia ver diminuir a concentração das ofertas nos grandes centros urbanos e beneficiar as áreas que não têm serviços de alta velocidade.

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