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São Paulo – O aumento feroz da concorrência e a briga diária pelo aumento da lucratividade vêm obrigando as maiores redes de supermercados do país a se reinventarem, principalmente na prestação de serviços. Drogarias, postos de gasolina, quiosques para revelação digital e venda de pacotes de viagem já são ofertas quase obrigatórias das empresas de supermercado, dentro de um cardápio de serviços cada vez mais extenso. É uma das áreas, debaixo do guarda-chuva de "não-alimentos", que as redes mais têm investido pelas atraentes margens de lucro que proporcionam.

Um cartão que oferece assistência técnica ao consumidor de produtos de informática, som e imagem, é a mais recente estratégia do Carrefour para acelerar as vendas da área de eletroeletrônicos e computadores, foco de disputa entre as grandes empresas de varejo. Numa parceria com a Telefônica, o Carrefour mirou numa das maiores dores de cabeça do consumidor que adquire computadores, televisores e home theaters entre outros produtos tecnológicos: a instalação dos aparelhos em casa. "Descobrimos em pesquisas que a falta de serviços inibe as vendas", diz o diretor de inovação estratégica da Telefônica, Benedito Fayan.

Os seis cartões com a marca Carrefour Connect que a empresa começou a vender neste último fim de semana, em 90 lojas da rede é uma tentativa de derrubar essa barreira. Por preços que vão de R$ 69 a R$ 249, eles oferecem serviços de instalação, configuração e atendimento técnico de produtos de informática, imagem e som.

Os concorrentes vão pelo mesmo caminho. O Grupo Pão de Açúcar trouxe o ex-diretor da Zara do Brasil, Pedro Janot, para ampliar a participação nas vendas do segmento de não-alimentos, de 24% do faturamento do grupo para 33% em 2010.

O grupo tem hoje 140 drogarias e 65 postos de combustível. No início desse mês, acertou parceria com a norte-americana Cherokee, para usar a marca em produtos da área de moda e acessórios.

O Wal-Mart também considera a área de não-alimentos um setor estratégico para a companhia e tem apostado nas parcerias exclusivas. Uma delas foi feita com a Dell que passou a vender pela primeira vez seus computadores no varejo brasileiro nas lojas da rede.

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