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As empresas de confecção do Paraná estão decididas a seduzir os lojistas de roupa do estado, que hoje preferem a moda vendida pelos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Para divulgar suas coleções e pavimentar o caminho da credibilidade, 24 fabricantes participam, entre os dias 23 e 26 de julho, do Paraná Business Collection, no Centro Integrado de Empresários e Trabalhadores da Indústria do Paraná (Cietep).

O evento é destinado a lojistas, que poderão analisar peças de amostra, desfiles e ainda fazer negócios em espaços individuais de cada marca. A idéia foi projetada pelos organizadores (Federação das Indústrias, Sebrae e sindicatos têxteis e do vestuário), ao custo de cerca de R$ 700 mil e após cinco anos de conversações.

Para a empresária e estilista Isabel Raad, será uma boa oportunidade para dar maior visibilidade à sua marca de roupas femininas. A Beluska é vendida atualmente em Curitiba – onde tem loja própria – e no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e no Maranhão por meio de representantes comerciais. "Queremos ampliar a atuação no interior do Paraná e essa é uma boa oportunidade para expor a marca tanto para compradores de atacado quanto para o varejo." A Beluska vende cerca de mil peças de roupas mensalmente – criadas pela empresa e fabricadas no interior do Paraná.

Coordenador da organização do Paraná Business, o consultor do Sebrae José Ricardo Campos acredita que os lojistas paranaenses não sabem da competência das confecções do próprio estado, mas acrescenta que os fabricantes precisam se capacitar mais. "Queremos estimular a busca por informação técnica para o desenvolvimento de produtos inovadores, que é mais importante que dinheiro para financiamento", diz.

Longo prazo

O presidente do Sinditêxtil no Paraná, Adilson Filipaki, explica que o objetivo de firmar a moda paranaense é de longo prazo. "Queremos fazer um evento grande como esse anualmente", diz.

O organizador Paulo Martins destaca a necessidade de trazer Curitiba para o centro da moda. "Queremos inserir o Paraná no calendário de moda nacional", concorda o consultor do Sebrae, Ricardo Campos.

Martins também organizou o evento Curitiba Fashion Art, que trouxe marcas de fora do estado para grandes desfiles até 2005. "A diferença é que as empresas farão negócios ali mesmo", diz. As negociações serão feitas no térreo do pavilhão Horácio Sabino Coimbra, no Cietep. A passarela ficará no segundo andar.

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