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Os consumidores seguem otimistas sobre o desempenho da atividade comercial brasileira neste início de 2011, aponta resultado de janeiro do Índice Nacional de Confiança (INC), calculado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e pelo Instituto Ipsos.

O indicador atingiu em janeiro o patamar de 161 pontos e alcançou o segundo melhor nível da série histórica da pesquisa, iniciada em abril de 2005. O melhor desempenho do INC foi observado em dezembro do ano passado, quando chegou a 163 pontos. O resultado em janeiro representa uma alta de 12 pontos sobre o observado no mesmo mês de 2010, que foi de 149 pontos.

O índice de confiança é calculado com base em mil entrevistas realizadas em nove regiões metropolitanas do país e varia de 0 a 200 pontos. Os resultados acima de 100 pontos representam otimismo e abaixo desse valor pessimismo.

O desempenho do indicador em janeiro foi puxado pelas regiões Norte e Centro-Oeste, que registraram 200 pontos, mesmo patamar observado em dezembro. Na sequência, figuram o Sudeste, com 168 pontos, e o Sul, com 167 pontos. A região menos otimista foi o Nordeste, com 135 pontos. A ACSP justifica o elevado patamar registrado no Norte e no Centro-Oeste ao aumento de preços no mercado internacional de commodities agrícolas.

Em janeiro, a classe C segue na liderança como a faixa social mais otimista, com 166 pontos, seguida pelas classes A/B, com 155 pontos, e D/E, com 146 pontos. O INC aponta ainda que a maior parte dos brasileiros consultados segue confiante quanto à oferta de emprego no mercado (44%) e tem a intenção de fazer compras neste início de ano, com destaque para os eletrodomésticos (49%).

Os economistas da ACSP apontam uma forte propensão neste início do ano para o consumo de bens duráveis, mas alertam quanto ao risco da elevação da taxa básica de juros reverter o movimento de alta. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic em janeiro para 11,25% ao ano. "O otimismo para as vendas permanece no início deste ano. Mas esperamos que a alta dos juros não pese demais a ponto de reverter as expectativas ainda favoráveis para este ano", disse o presidente da ACSP, Alencar Burti.

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