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Os parlamentares dos Estados Unidos finalizaram uma histórica reforma de regulação financeira no início da manhã desta sexta-feira, entregando ao presidente Barack Obama uma enorme vitória doméstica na véspera de uma cúpula global dedicada a reformar o sistema financeiro.

Em uma maratona parlamentar que durou mais de 21 horas, os legisladores reescreveram as regras de Wall Street, o que afetará os lucros da indústria financeira e que irá submetê-la a uma supervisão mais rígida e a restrições mais duras.

A reforma ainda precisa ganhar a aprovação de ambas as câmaras do Congresso antes que Obama possa sancioná-la, dando a Wall Street uma última chance de organizar seu exército de lobistas no Capitólio. É esperada uma ação rápida do Parlamento, e a lei pode ir para assinatura de Obama até 4 de julho.

Mas a lei ficou realmente mais rígida na jornada que já dura anos pelos corredores do Congresso norte-americano. Os democratas lideraram uma onda de irritação pública contra a indústria que se presenteava com bônus abundantes enquanto grande parte do país passava por dificuldades durante a profunda recessão causada por suas ações.

"Nós nos preocupamos sobre as grandes quantias de dinheiro. Eu me preocupo com as grandes quantias de dinheiro que têm influência corruptiva, mas é tranquilizador saber que quando a opinião pública está engajada, ela ganha", disse o deputado democrata Barney Frank, que presidiu o painel.

A reforma mais abrangente das leis financeiras desde os anos 1930 pretende evitar a repetição da crise financeira de 2007-2009, que iniciou a recessão econômica e levou a resgates de gigantes financeiros com dinheiro público. As instituições financeiras teriam de pagar 19 bilhões de dólar para cobrir seus custos.

Os democratas correram para completar seu trabalho antes de Obama viajar nesta sexta-feira ao Canadá para a cúpula do G20. O presidente poderá falar sobre a reforma como modelo para outros países, que tentam coordenar seus esforços para a reforma.

A aprovação da lei, amplamente esperada, também deve somar-se à reforma do sistema de saúde e dar ao Partido Democrata uma importante vitória legislativa antes das eleições parlamentares em novembro.

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