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São Paulo – O conselho de administração da Klabin aprovou no dia 12 a aplicação de R$ 1,5 bilhão para ampliar sua fábrica em Telêmaco Borba, na região central do Paraná. Com o investimento, a capacidade de produção de papel cartão (usado para embalagens) da unidade dobrará e a empresa saltará da 12.ª para a 6.ª posição no ranking mundial das maiores produtoras desse tipo de material.

O projeto de implantação já foi iniciado, com negociações com fornecedores de tecnologia e investidores. A Klabin deve aplicar 40% de recursos próprios e pleiteia financiamentos em órgãos de fomento, como o BNDES. A previsão é de que a obra seja iniciada na metade deste ano. Um prédio com 300 metros de comprimento por 40 metros de largura, equivalente a três campos de futebol, será erguido ao lado da planta existente para abrigar uma máquina de 250 metros de comprimento – que será a maior do Brasil em produção de papel.

O projeto vai gerar 4,5 mil empregos temporários e deve ser concluído em 22 meses. A nova linha de produção começará a funcionar no primeiro trimestre de 2008, mas a estimativa é de que somente em 2011 a capacidade máxima seja alcançada. A produção de papel cartão na unidade é hoje de 330 mil toneladas ao ano e chegará a 680 mil toneladas.

Como o sistema é todo automatizado, a ampliação da fábrica abrirá apenas 250 postos de trabalho – todos de alto nível de especialização. Entre contratados e terceirizados, a Klabin já emprega 4,5 mil pessoas na região de Telêmaco Borba. O investimento prevê também a geração de 750 postos de trabalho no setor florestal. Os salários devem injetar R$ 13 milhões ao ano na economia regional.

O fato de manejar reservas florestais próprias e o baixo preço da mão de obra no Brasil coloca o custo de produção da Klabin como um dos menores do mundo. A empresa tem focado seu interesse em produtos de maior agregado e abandonou alguns segmentos, como o de celulose. O investimento no Paraná faz parte da estratégia de ganho de escala em alguns mercados. "Estamos investindo em tecnologia que já conhecemos, o que torna o negócio seguro", explica o diretor geral da companhia, Miguel Sampol.

O mercado de embalagem cresce no ritmo do PIB mundial. Os materiais destinados para líquidos, como leite e sucos, estão um pouco acima da média, na faixa de 5%. Para a Klabin, esse desempenho, aliado à expectativa de aumento de consumo de descartáveis de papel, é suficiente para tornar viável o investimento bilionário. As vendas para o mercado externo representam menos de 30% da produção e devem subir para 40% nos próximos anos.

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